Enviada em: 12/02/2018

Na série espanhola La Casa de Papel, a personagem Mônica, após ter uma relação extraconjugal, decide interromper a gravidez. Longe da ficção não é diferente, inúmeras mulheres são submetidas a procedimentos precários, colando a vida em risco. Além disso, sofrem com as consequências psicológicas por terem tomado essa decisão, já que não é aceita legalmente, socialmente e religiosamente.     Dados coletados pela Pesquisa Nacional sobre o Aborto, relata que a cada ano, em média, 1 milhão de mulheres interrompem a gravidez; ou seja, o aborto está presente em todas as classes sociais. Isso é, muitas mulheres estão sendo submetidas a procedimentos em locais inapropriado e sem a estrutura adequada. Com isso, ficam expostas aos riscos de complicações pós aborto ou vim a óbito.    No Brasil o aborto é liberado em três situações: estupro, a mãe correr risco de vida ou o feto for anencéfalo. Entretanto, como é relato no documentário Clandestinas, diversas mulheres não conseguem a liberação para realizar o procedimento, por não acreditarem que foram realmente violentadas sexualmente; o que acaba gerando conflito e levando-as a procurarem clínicas clandestinas.     Dos fatos apresentados, percebe-se que a legalização é a melhor alternativa para erradicar os abortos malfeitos, colando a saúde e a vida da mulher em risco. Dessa forma, o Poder Legislativo poderia liberar o procedimento até a 12ª  semana sem restrições. Contudo, fazendo um trabalho paralelo junto com a mídia e escolas, trazendo o debate para os jovens e adultos, deixando a religião de lado, já que o Brasil é um país laico. Assim, reduzirá o número de mulheres que fazem de modo clandestino.