Enviada em: 28/03/2018

É necessário, primeiramente, diferenciar o aborto induzido, aquele em que decide-se interromper a gravidez, do espontâneo, no qual a interrupção ocorre naturalmente. Nos casos de aborto induzido no Brasil, há importantes fatores sociais e financeiros que contribuem para muitos casais ou mulheres solteiras optarem pelo procedimento abortivo. Porém, há de se destacar que esses fatores são, comumente, apenas subterfúgios para esconderem a falta de responsabilidade referente aos atos sexuais praticados e a banalização com a vida de um feto.  Obviamente, existem casos de abortos induzidos salvaguardados pelos tribunais brasileiros, quando não se penaliza criminalmente a mulher, como em estupro, quando há risco de morte para a mulher e fetos anencefálicos. Porém, para a maioria dos demais casos, há um evidente acovardamento do casal que praticou o ato sexual e procura meios de não assumir a criança, nem mesmo no período da gravidez. Esse acovardamento é, muitas vezes, estimulado por ideologias feministas, que afirmam e defendem que a mulher é quem manda no seu corpo, todavia, devem ser lembradas que o feto em seu ventre não a pertence, apesar dele depender de nutrientes da gestante. Ademais, é inegável o trauma físico e psicológico gerado por um aborto na mulher, mesmo esse feito com a sua vontade. Há décadas, pesquisas vêm sendo realizadas e comprovam que, durante uma gestação abortada, as transformações que ocorrem nos seios das mulheres (preparando-as para a amamentação) são interrompidas, causando instabilidade nas células mamárias e, consequentemente, ficam mais suscetíveis ao câncer, conforme publicações da NCBI (nos Estados Unidos) e várias outras realizadas na Índia e China. Ademais, ao que se refere a traumas psicológicos, é comum haver o arrependimento de mulheres que recorreram ao aborto e sofreram de estresse emocional, conhecido como Síndrome Pós-Aborto, pouco divulgado pelos meios de comunicação. Esse cenário de traumas é ainda mais agravado quando se adiciona o fato dos abortos comumente serem realizados em clínicas clandestinas com condições precárias de higiene, o que pode acarretar em infecções na abortista.  Dado o exposto, o aborto deve ser fortemente combatido pelo Estado brasileiro, através de maior investigação da localização das clínicas clandestinas pela Polícia Civil. Os parlamentares devem revisar e endurecer as leis para quem comete esse crime, pois não há chance de defesa para a vítima. Devem, também, elaborar leis que permitam a esterilização, pelo SUS, das mulheres e homens que não desejam ser pais, a fim de evitar gravidezes indesejáveis. Além disso, para conscientizar a população, o Ministério deve levar informação ao público por meio de através de cartazes, propagandas nos meios de comunicação sobre os riscos envolvidos no aborto.