Enviada em: 20/04/2018

Ventre isento      De acordo com o Código Penal de 1940, o aborto só será legal em 3 específicos casos: estupro, bebê acéfalo e quando há risco de morte para a progenitora. Porém, é coerente afirmar que, além desses fatores, a retirada do feto deveria ser permitida em qualquer caso, até os três primeiros meses de vida do embrião. Isso, pois não é coeso que a mulher cuide da criança sem sentir-se apta a realizar o emprego de mãe, por, não ter alto grau de escolaridade, ser muito jovem ou não possuir condição financeira, por exemplo.         Dados indicam que, no Brasil, a cada 1 minuto uma mulher realiza um aborto, geralmente, considerado ilegal, podendo trazer graves consequências para essas. Isso ocorre, frequentemente, por uma falta de escolaridade ou acesso à informação, que ocasiona o mau uso dos métodos contraceptivos, gerando uma gravidez indesejada. Essa gestação, mesmo que causada por um descuido ou simplesmente por esses métodos não serem totalmente eficientes, deve ser opção somente da mulher, visto que, apenas ela sofreria com as consequências de infringir a lei, ao abortar, e somente ela tem total controle do seu corpo.        Ademais, é inegável que muitas crianças sofreram e sofrem pelo fato de suas mães não terem condições financeiras para dar uma vida digna a elas. Tal fato, pode ter como consequência: o analfabetismo, pelo acesso precário à escola, trabalho infantil, pela necessidade de ajudar no sustento do lar desde pequenos, marginalização, como uma infeliz forma de sobrevivência, fome e a gravidez precoce, também pela falta de estudo. Por mais que essas mulheres tenham o instinto materno deveria caber a elas a escolha de dar uma vida difícil aos embriões ou de abortá-los e se permitirem ter uma chance melhor, quando tiverem maior estabilidade.           Portanto, para minimizar esse problema tão presente na sociedade, é necessário que o Congresso Nacional aprove uma lei que legalize o aborto até os 3 primeiros meses de gestação, quando o feto ainda não tem formação nervosa, para que essa prática deixe de ser ilegal e possa ser feita com segurança para a gestante. Outrossim, é essencial que exista um grande investimento governamental nas políticas de educação sexual, por meio de palestras e campanhas, nas escolas e universidades, para reduzir o índice de gravidez indesejada e precoce, consequentemente a necessidade o aborto. Com isso, a futura geração teria a condição e a possibilidade de ser criada com amor e oportunidade educacional, pois como já dizia Nelson Mandela : "A educação é a ferramenta mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo."