Durante o processo colonial brasileiro, as tribos indígenas sofreram diversos tipos de violências, como as repressões físicas e culturais, e foram tratados com descaso por varias décadas. Atualmente, apesar da garantia de direitos a vida e as demais necessidades básicas, assegurados pela Constituição Federal de 1988, esses povos ainda sofrem com o desrespeito e a violência, causados pela herança histórica do país e a negligência do poder público. Primeiramente, grande parte da população brasileira possui uma visão estereotipada dos indígenas. Pois, ao longo da história do Brasil, os discursos propagados eram baseados numa visão eurocêntrica, como as descrições preconceituosas dos jesuítas, que tentavam de todas as formas diminuir a cultura e os costumes indígenas. Por conta disso, muitos ainda carregam ideias que não respeitam a existência e as diferenças desses povos, fazendo com que o desrespeito seja constante, e possua exemplos diários, como o uso de adereços e vestimentas típicas como fantasias. Além dessa consequência histórica, outro fator relacionado a questão indígena é a negligência do poder público. Porque, assim como no período colonial, muitos indígenas continuam sofrendo com a violência e a intolerância e, como mostram os dados do relatório ''Violência contra os Povos Indígenas no Brasil'' de 2017, em torno de 1071 registros de assassinatos foram feitos, e poucas ações do Estado Brasileiro foram tomadas para mudar essa realidade. Portanto, medidas precisam ser tomadas para resolver os impasses vivenciados pelos povos indígenas brasileiros. Assim, é necessário que o Governo Federal invista em projetos de proteção as terras indígenas, como a criação de orgãos para que possam proteger e ter mais controle das medidas punitivas. Também devem ser feitas campanhas nas mídias sociais, com o intuito de incentivar o debate e a reflexão em busca de maior respeito e valorização da cultura e da vida desses povos, que, assim como todos os outros, fazem parte da nação brasileira.