Enviada em: 21/02/2019

Um dos mais importantes nomes da história brasileira, José Bonifácio, já era a favor da preservação do território e da cultura indígena. Não obstante disso, mais de dois séculos depois, a questão do índio ainda gera debates calorosos, tendo em vista que, para algumas pessoas, a manutenção das reservas implica em um retrocesso para o país, que ainda está em desenvolvimento. Diante desta perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esta situação.   A busca incessante por novos recursos é um fator agravante para a permaência indígena nas reservas. De acordo com a Constituição Cidadã, os índios detém posse de todo o territóro por eles ocupado, cabendo à União demarcá-lo e protegê-lo. No entanto, no intúito de construir novas indústrias e estradas, esse direito acaba sendo vilipendiado dos nativos, visto que muitos deles são assassinados, ameaçados e alvo de violência verbal, simplesmente por cultivar o modo ancestral.   Outro fator preponderante é a ideia eurocêntrica e etnocêntrica que ainda reina no país. Com aquele pensamento colonial dos primeiros anos do Brasil, onde diversas espedições foram impostas para "catequizar" os índios, igualmente, empresários e representantes políticos tentam mudar o pensamento dessas pessoas, não importando-se com a herança cultural deixada por eles. Assim, a sociedade convive com esse tipo de atitude, e acaba não dando o devido valor àqueles que aqui estávam antes de nós.   Torna-se claro, portanto, que a manutenção de terras indígenas está se tornando cada vez mais complicada. Assim sendo, cabe ao ministério da educação, por meio da elaboração de cartilhas e folders, fornecer às escolas conteúdo a respeito da valorização do índio, para que estes sejam apresentados às crianças, visando a elevação do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Somente assim, com a junção de toda a pluralidade étnica do Brasil, haverá a criação de uma verdadeira identidade brasileira.