Após um histórico de repressão, discriminação e violência, é dever do governo brasileiro buscar dignificar as 304 etnias remanescentes no país. Questões como a cultura e a saúde indígenas devem ser discutidas a fim da garantia da cidadania dessas pessoas no Brasil atual. Primeiramente, a cultura indígena deixa de ser respeitada como o costume de um povo, passando a ser mais um objeto de mercado. Embora tenha havido o processo de miscigenação na formação do povo brasileiro, a supervalorização da cultura europeia encobriu boa parte da contribuição dos costumes indígenas, fato que persiste até os dias atuais. O respeito a esses povos deve ser compreendido em várias esferas da sociedade, reafirmando, portanto, a sua importância no cenário nacional. Ademais, o atendimento a saúde indígena ainda apresenta grandes dificuldades de desenvolvimento. Devido a falta de profissionais específicos da área, além da dificuldade de contato com esses povos - inclusive pela barreira da língua - muitas populações permanecem sem as devidas orientações e exames básicos, como vacinação e exames de rotina. Posto isso, cabe a Funai realizar medidas que auxiliem na valorização da cultura indígena, por meio da educação escolar. Isso porque mostrar os hábitos desses povos e os relacionar com a organização cultural brasileira atual, permite a aproximação dos costumes, revelando as influências. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde realizar ações de incentivo ao cuidado da saúde indígena. Com isso, há de haver a valorização de uma história tão importante para o país.