Em 1500, com a chegada dos portugueses ao Brasil, a população indígena foi abusada e manipulada para efetuar trabalhos árduos, como a extração do pau brasil, por meio do escambo, prática que consistia em trocar objetos sem valor pela mão de obra dos nativos. Apesar desse fato haver ocorrido há séculos, os índios ainda sofrem com suas sequelas. Dessa maneira, é importante garantir o direito à terra para esse povo, bem como proteger a sua cultura. Primeiramente, é preciso saber que a demarcação das terras indígenas é assegurada pela constituição de 1988, no entanto, esse artigo é ameaçado pelos interesses da bancada ruralista, cujos interesses capitalistas visam a obtenção desse espaço. Com isso, não só há uma drástica perda da biodiversidade pelo desmatamento dessas áreas, como também uma suscetibilidade de ataque aos legítimos proprietários da terra, a fim de que seja possível a expropriação. Outro aspecto relevante, a cultura indígena, desde o século XVI, foi vítima de manifestações etnocêntricas, principalmente, na religião, quando o famigerado padre José de Anchieta e os demais jesuítas tentaram cristianizar os nativos sob a premissa de que seriam um modelo de Adão e Eva. Por consequência, a identidade da população indígena se dissociou em um molde cultural europeu. Diante das conturbações expostas, é necessário, portanto, o Ministério do Meio Ambiente, em consonância com o Ministério da Justiça, fomentar uma lei, por meio de campanhas publicitárias, que aumente a punição aos latifundiários adentrantes nas reservas indígenas, obrigando-os a contribuir ,financeiramente, com instituições de apoio ao índio. Ademais, é preciso proteger a cultura indígena, por intermédio de palestras, as quais devem conscientizar o povo brasileiro sobre a importância dela, para que haja um Brasil justo e diverso para todas as etnias. Dessa maneira as mazelas trazidas pelos portugueses ficarão , apenas, na lembrança.