Na História brasileira, houveram diversos conflitos entre povos nativos e povos estrangeiros, que refletem até hoje. Diante disso, poucas vezes os indígenas saíram vitoriosos nas lutas por seus direitos, dentre as quais pode-se citar a criação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e o amparo concedido na Constituição de 1988. Por essa razão, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a plena aplicação de justiça, que envolve desde a demarcação de terras até o respeito a cultura desses povos. É primordial ressaltar que, na Assembleia Nacional Constituinte de 1987, o líder indígena, Ailton Krenak, proferiu um discurso apelando às lideranças a aprovação de uma emenda tratando dos direitos indígenas na constituição que seria elaborada. Atualmente, sabe-se que a Carta Magna de 1988, no Artigo 231, assegura o direito à terra a esses povos. No entanto, essas terras sofrem constantes ataques, em razão da exploração de recursos naturais. Com isso, é de extrema importância combater, na força da lei, esse problema. É notório, que desde o período de "descobrimento" do Brasil, as populações indígenas foram culturalmente oprimidas, restando-as a absorção de uma cultura diferente da suas. Um exemplo disso, foi a filha do náufrago português, conhecido como Caramuru. Madalena Caramuru, foi a primeira brasileira alfabetizada, infelizmente não poderia escolher o seu idioma, já que o português era a língua oficial. Nesse contexto, urge o cumprimento da lei, reconhecendo a cultura indígena e respeitando-a. Em síntese, a problemática que envolve os povos indígenas no Brasil pode ser resolvida com o apoio do Estado na garantia das terras demarcadas e na segurança dessas, no intuito de evitar a exploração por latifundiários. Além disso, seria relevante o empenho do Poder Público em assegurar a educação dual a esses grupos, com o aprendizado tradicional e o específico de cada tribo, por meio da capacitação líderes e da construção de escolas indígenas, com o fito de garantir a preservação cultural desses povos.