Enviada em: 10/03/2019

O processo colonial brasileiro estabeleceu estigmas acerca da população não europeia, com isso, a perseguição e a escravização dos indivíduos considerados inferiores tornou-se indubitável. Nesse sentido, desde o século XIX, é perceptível a insuficiente legislação do Brasil no que se refere aos direitos indígenas, tendo em vista não só a expansão da fronteira agrícola mas também a inserção do índio na sociedade, muitas vezes, como forma de aculturamento.  Deve salientar que os conflitos de terras se agravaram consideravelmente nas últimas décadas, uma vez que o agronegócio tenha se tornado mais importante no PIB do país, pois, acarretou exclusão da minoria em demasia. Para comprovar tal aspecto, cita-se a frase do filósofo grego Aristóteles, "A base da sociedade é a justiça", assim, a igualdade de direitos constatada na constituição deve ser respeitada. Dessa maneira, é inaceitável uma nação com vasto território tenha essas intempéries historicamente.   Outro fator imprescindível veio com a Revolução Técnico-Científica, aja visto a mobilização de políticos a fim de incorporar ferramentas tecnológicas nas sociedades tribais. Prova disso, está explícito no processo gradual que ocorre desde os primórdios das missões jesuítas na América, na maioria das vezes, de maneira etnocêntrica. Desse modo, é questionável o modo como a eugenia e o evolucionismo - ambas teorias segregacionistas - ainda permeia nos dias de hoje.   Evidencia-se, portanto, a ratificação do ideal aristotélico, em que o meio termo é o cerne para contornar os impasses e buscar possíveis intervenções. Logo, o Ministério da Cultura deve buscar a valorização da história indígena, por meio da implantação de leis, e a criação de museus em consonância com instituições públicas de ensino, com a ajuda de arqueólogos no tocante às relíquias. Espera-se, com isso, não apenas a reconstrução de um povo marcado pela mortandade de inocentes como também a reerguida da sua identidade cultural.