Pero Vaz de Caminha em sua carta feita durante a chegada dos portugueses ao Brasil descreve os indígenas como um povo selvagem e aculturado. Infelizmente, essa visão etnocêntrica continua se manisfestando no imaginário brasileiro. Desse modo, o descaso governamental associado à permanência de uma visão histórica preconceituosa faz do índio uma presa fácil para o agronegócio . É válido considerar, antes de tudo, a influência do eurocentrismo na manutenção da visão preconceituosa sobre o indígena. A Europa, local de origem do colonizador, foi a grande fonte para a construção histórica da civilização ocidental. Visto que, na visão do colonizador o indígena é demonstrado como um ser mitológico e violento no qual não possui cultura, a importância dos indígenas para formação cultural do Brasil é deixada de lado. Prova disso, é a cultura brasileira ser prestigiada e vangloriada enquanto a do índios é considerada apenas folclore. Cabe apontar também a luta pelas terras. Visto que esses povos são definidos como insignificantes além de existir um descaso governamental em relação à este assunto, esses povos acabam sendo vítimas de ataques, principalmente em suas terras. Apesar da demarcação de terras estar garantida pela Constituição de 1988, o agronegócio, através da violência, invade essas propriedades para a expansão do latifúndio. Segundo dados da FUNAI, cerca de 85% das terras demarcadas estão invadidas em algum grau. O que acaba com o principal meio de subsistência e cultura dos andígenas. Fica claro, portanto, que a proteção aos indígenas deve ser revisada no Brasil. Desse modo, o Ministério da Justiça deve organizar a Polícia Federal para realizar inspeções anuais nas terras demarcadas, de modo à garantir o cumprimento do direito à terra presente na Constituição. Ademais, o Ministério da Educação deve instituir palestras realizadas por membros da Funai, para demonstração, por meio de vídeos e relatos a cultura indígena. Para a ruptura da visão etnocêntrica que permanece na sociedade. ..contemporânea.