A discussão sobre o apagamento das culturas e dos povos indígenas no Brasil tem cativado importante destaque na agenda nacional. Para entender a relevância dessa temática, cabe considerar a história dos nativos brasileiros, bem como as disputas territoriais das terras aborígenes. Uma análise do contexto sociocultural do país torna-se fundamental à promoção da inclusão e uniformidade dos nativos perante seus direitos. Desde o século XVI, os indígenas estão tendo suas culturas apagadas, seja pela guerra, escravidão ou até a cristianização feita pelos jesuítas. A fim de protegerem seus costumes e moralidades e não serem aculturados, os nativos usaram inúmeras resistências, dentre elas, o sincretismo religioso e cultural, ataques aos jesuítas e bandeirantes e o suicídio. Assim, é demonstrado que a história dos nativos é manchada de violência, preconceito e racismo, confirmando o estigma cultural vivido por eles no século XXI. Segundo a Sociologia, o território é fruto de uma história que manifesta-se no presente, portanto, um espaço dotado de heranças, formado pela cultura e pelas relações sociais, demonstrando uma condição herdada. Nesse contexto, os nativos possuem uma forte ligação com a terra que habitaram por mais de séculos. Entretanto, disputas por áreas indígenas relacionadas aos madeireiros e a indústrias, com o intuito de explorar os recursos naturais, têm aumentado nos últimos anos, acarretando em invasões, explorações ilegais, além do assassinato em massa dos aborígenes nessas terras. Desse modo, para combater a exclusão dos nativos, o Estado deve investir no projeto Escola Indígena, feito pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio), levando o conhecimento de nível básico, médio e até o superior a essas populações, garantindo um ensino de qualidade e gerando um respeito pelas suas próprias raízes. Além disso, as instituições privadas, mídias e ONGs deveriam agir em conjunto para promover a valorização cultural indígena em todo território brasileiro, divulgando a cultura dos nativos. Outrossim, o Governo junto com a polícia federal, devem garantir a segurança e impedir a exploração do trabalho e dos recursos naturais, além de impedir as invasões a territórios indígenas demarcados.