Enviada em: 29/05/2019

Em 1500, início do processo de colonização do Brasil, os portugueses, ao chegarem no litoral brasileiro, depararam-se com os povos nativos. Esses povos foram denominados índios, uma vez que os portugueses acreditavam ter chegado à Índia. Ainda convém lembrar que os efeitos de tal processo, são pertinentes nos dias atuais. Pode-se destacar: disputas territoriais e a desvalorização da cultura indígena como exemplos desse episódio.       Para o índio, a terra é um recurso sociocultural, sendo necessária para o suporte da sua cultura e modo de vida. No entanto, parcela da população brasileira e, sobretudo, a bancada ruralista do Congresso Nacional, insistem em ignorar os Direitos Constitucionais em defesa dos interesses políticos e econômicos. Prova disso é a PEC 215, que propõe alterar a Constituição para transferir do Poder Executivo para o Congresso, a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas, beneficiando, desse modo, os grandes latifundiários brasileiros.       Embora a configuração cultural do Brasil seja híbrida, a desvalorização de culturas diferentes da ''padrão'', incluindo a indígena, aponta um contexto de menosprezo por pare da população brasileira, que insiste em classificar os índios como ''selvagens'', ''não civilizados'', ''inferiores''. Essa visão etnocêntrica, infelizmente, é fruto de uma arraigada intolerância frente às minorias, adivinda desde o Brasil Colonial.       Dado o exposto, conclui-se que a população indígena ainda é vítima de discriminação e preconceito. Para tanto, urge que o Estado promova a cristalização dos Direitos Constitucionais dos índios. É preciso criar ações de combate à violência, sendo mais rigoroso nas punições, e criar políticas públicas de proteção. Além disso, cabe a Escola transmitir aos alunos, as diversidades culturais, resultando em maior respeito e tolerância a essa parcela populacional.