Enviada em: 13/06/2019

Segundo o ativista social Martin Luther King, “a injustiça num lugar qualquer torna-se uma ameaça a injustiça em todo lugar”. De maneira análoga à questão indígena, persiste na sociedade brasileira um cenário de injustiça, o que contraria os avanços sociais. Infere-se nesse sentido que, intrinsecamente, o problema na recomposição dos direitos indígenas se agrava, seja pela não demarcaçãode terras, seja pela discriminação racial, fatores preponderantes para este mal.     É indubitável que a negligência acerca das garantias constitucionais estejam entre as causas deste problema. Pierre Bourdieu ja dizia que a violência simbólica ocorre não como um embate físico, mas sempre em detrimento dos menos favorecidos. Nesse sentido observa-se que os indígenas são violentados desde o período da colonização e essa exclusão social se perpetua até os dias de hoje.      Outrossim, destaca-se a ignorância a respeito da formação étnica no Brasil como impulsionador do problema. Segundo o sociólogoÉmile Durkheim o indivíduo só pode agir na medida que reconhece as condições e o contexto social que o cercam. De maneira análoga, percebe-se que, infelizmente, no Brasil se desconhece as verdadeiras raízes de formação da identidade nacional, fato que corrobora para o fortalecimento do etnocentrismo na sociedade. Fica evidente, portanto, que há entraves para a garantia dos direitos indígenas.     Destarte o governo, por meio da FundaçãoNacional do Índio, deve acelerar o processo de demarcação das terras indígenas por meio de parceria com o Incra, desenvolvendo cruzamento de informações e ações “in loco” no intuito de viabilizar uma reforma agrária em prol dos Indios. O MEC deve promover a criaçãoda semana do índio para que a sociedade mergulhe no conhecimento desta cultura.