Enviada em: 21/06/2019

No Brasil, a questão dos índios não deve ser vista, hodiernamente, apenas como uma mera questão de desserviço do poder público, mas também como ingerência socioeducativa que apresenta razões inadmissíveis. Nesse sentido, é preciso assegurar a diversidade cultural e ética, além do cumprimento dos direitos civis e sociais, de modo a combater os problemas endêmicos que assolam a comunidade indígena por conta da ausência de demarcações nas terras que as milhares de tribos ocupam pelo país. Destarte, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos escolares e governamentais.   Primeiramente, deve-se salientar que mesmo sendo direito dos índios, garantido pela constituição cidadã, usufruir das terras em que já habitam, o governo tem demonstrado ao longo dos anos grande descaso quanto a demarcação das terras ocupadas por esse grupo. No que concerne a esse contexto, desde a invasão portuguesa ao território que hoje entendemos como Brasil, os nativos sofreram terríveis eventos, desde a tentativa dos europeus de impor sua cultura e modo de vida, até o roubo e ocupação das áreas pertencentes a eles. Em síntese, os problemas vivenciados no passado ainda se fazem persistentes na contemporaneidade, tendo como causa primordial a junção de falta de informação com a disseminação de mentiras, e por isso necessitam de medidas que possam mitigá-los.    Paralelo a isso, a ignorância dos brasileiros quanto as questões indígenas é também uma realidade. No que tange a isso, a carência de orientação no meio escolar é uma geradora do impasse, tendo em vista que o assunto é completamente ignorado pelos planejamentos das aulas nas escolas, ocasionado a formação de indíviduos sem o menor senso crítico diante a um problema tão alarmante em nosso país, além da visão idealizada e supercial criada sobre essa etnia. Desse modo, é mister buscar, no livro Iracema, de José de Alencar, o enredo para a compreensão do que foi explanado, já que esse livro é do período romântico o qual os personagens eram extremamente idealizados pelo olhar europeu, tendo sua cultura considerada ultrapassada e, consequentemente, inferior e necessária de mudança.    É necessário, portanto, que os atores sociais trabalhem frente a questão dos índios no Brasil. Para tanto, o poder executivo deve implementar as leis de demarcação das terras indígenas, sendo tal empreitada executada por intermédio de aplicação das leis já existentes na constituição de 1988, com a finalidade de garantir os direitos desses cidadãos. Ademais, o Ministério da Educação irá implementar na grade escolar o ensino sobre o passado e o presente dos primeiros nativos brasileiros, e isso será feito por meio de livros educativos escritos por autores indígenas, além de palestras e projetos de extensão, mitigando cada vez mais a esteriotipação e o preconceito, já que a história não será contada pela primeira vez sob o ponto de vista europeu, e sim dos povos que vivenciaram toda a invasão.