A animação ''Pocahontas'' narra de modo fantasioso a relação entre colonizadores europeus e nativos americanos, explicitando os contrastes na visão de ambos em relação à terra e o direito humano de posse. Já no cenário brasileiro contemporâneo, a situação indígena configura-se como conflituosa, o que consolida-se devido aos interesses parlamentares e a imposição cultural, que muitas vezes vão de encontro aos ideais indigenistas. Nesse sentido, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declararam haver cerca de 817,9 mil índios habitando o Brasil, apesar do número expressivo, tais povos possuem ínfima representação política e social. Devido a isso, muitas vezes leis são criadas pelo Poder Legislativo sem o devido consentimento representativo e acabam oprimindo o direito à terra, dito como assegurado pela Constituição Federativa Brasileira em vigor. Além disso, é notável uma forte imposição da cultura dita como ''civilizada'' aos povos indígenas. A exaltação de costumes e culturas distintas, característica do movimento literário conhecido como Romantismo, é vista na atualidade como ufanista e poucas pessoas percebem a afirmação imperativa de certos costumes como o definido por Oswald de Andrade como ''Erro de Português''. Logo, para que tais impasses sejam solucionados, medidas amplas são necessárias. Cabe ao Governo Federal, em parceria com a Justiça Eleitoral, a maior inserção de representações de tais grupos por meio da democratização da cidadania para com os índios, expandindo o voto à populações em todo território nacional, objetivando assim mudança na configuração parlamentar. Também deve haver ação de órgãos de apoio com o objetivo de manter completo o diverso patrimônio cultural do Brasil.