Enviada em: 11/07/2019

O processo da colonização brasileira, que se tornou efetivo a partir de 1530, mostrou-se demasiadamente prejudicial aos povos - denominados indígenas - que já habitavam o solo brasileiro, devido ao choque de cultura, a escravidão e o desrespeito com a alteridade deles. Atualmente, apesar da população indígena ter conquistado alguns direitos, ainda enfrentam desafios como a exploração ilegal de seus territórios e também uma visão etnocêntrica de sua cultura.  Convém ressaltar, a princípio, que as terras demarcadas como direito dos indígenas, frequentemente sofrem invasões ilegais, prejudicando o bom andamento das atividades no local. No ano de 2017, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) registrou 96 casos de explorações ilegais, à vista disso percebe-se a tendência de aumentar os conflitos entre indígenas e invasores nessas regiões, uma vez que os povos nativos irão defender o legitimado direito de ocupar o território.  Vale destacar, também, que a sociedade brasileira possui uma visão etnocêntrica acerca da cultura indígena. De acordo com Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito enraizado. Observando o comportamento dos indivíduos, é possível concordar plenamente com Albert, visto que por falta de conhecimento, senso comum e desinteresse, a visão que se tem da cultura indígena é equivocada e superficial, abrindo espaço para que o preconceito seja consolidado e cultura desse grupo étnico considerada inferior.  Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa problemática. Cabe ao Estado, por meio do envio de recursos aos órgãos responsáveis pela fiscalização das terras demarcadas, aumentar e garantir uma efetiva proteção desses territórios, a fim de que os indígenas possam exercer suas atividades sem conflitos e invasões. Ademais, as escolas devem, por meio de projetos educacionais, palestras e atividades lúdicas, promover um eficiente estudo acerca das diversas culturas, a fim de que o etnocentrismo seja desconstruído na sociedade.