Enviada em: 20/04/2018

De acordo com o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos,DUDH,da qual o Brasil é signatário desde 1948,todo membro da família humana tem direito à uma vida digna.No entanto,passados 70 anos da assinatura desse importante compromisso mundial,essa garantia não é assegurada para pessoas com deficiência,sobretudo,no âmbito escolar.Logo, o poder público e a coletividade devem unir-se em prol dessa demanda social.          Não se pode negar as iniciativas do Estado a fim de incluir os deficientes no sistema educacional no que tange à garantias constitucionais. Todavia,verifica-se pouca aplicabilidade das mesmas.Um exemplo dessa realidade é visitando escolas do Brasil,tanto nos grandes quanto nos pequenos municípios, com a falta de rampas de acessibilidade,de banheiros e portas adaptadas,de tradutor de libras,de direção,de professores e demais profissionais capacitados para oferecer um acolhimento humano,inclusivo e atencioso.Para reverter tal cenário preocupante,o Ministério da Educação,com aporte financeiro da União,deve investir na infraestrutura das escolas,assim como na qualificação dos seus profissionais com cursos especializados em inclusão social,com o intuito de oferecer uma educação digna aos cidadãos com deficiência.          Outro entrave é o fato dos estudantes " pseudonormais'' discriminarem os alunos inclusivos.Isso ocorre, em grande medida, ao isolarem estes das atividades em grupo,nos intervalos reacreativos,ao olharem com ''ar de superioridade''.Essa  tese encontra respaldo nos fatos sócias do sociólogo  francês Emile Durkheim,em que atitudes como citadas acima estão tão incorporadas na cotidiano e não são percebidas pelos indivíduos.Com vistas à desconstrui-las, é imperativo que as principais emissoras de televisão do país retratem tal assunto nos enredos e nas tramas de suas novelas e de suas minisséries,devido a ampla audiência em território nacional,o que promoverá busca por informações,discussões e debates acerca do tema,rompendo assim velhos estigmas sóciais.           Por tudo isso,além das medidas anteriormente citadas,cabe à sociedade civil organizada,aliada as ONGs engajadas no setor,realizar manifestações em locais públicos e em redes sócias com o objetivo de pressionar o poder público a realizar os investimentos na escolas supracitados.Desse modo,observada a ação conjunta do Estado e da sociedade o país dará passos firmes na direção de assegurar uma vida digna aos deficientes,em consonância com a DUDH.