Enviada em: 13/10/2017

Luzes acesas    Na Revolução Francesa, momento de afloramento dos ideais iluministas, o direito de acesso à educação foi conquistado pelo povo francês. Ao longo dos anos, essa garantia foi irradiada para inúmeras constituições ocidentais, como, por exemplo, a brasileira de 1988. Entretanto, alguns cidadãos brasileiros possuem necessidades especiais, logo, o sistema educacional deve dar suporte a esses indivíduos. Nesse sentido, a educação inclusiva no Brasil é um direito constitucional, mas ela, atualmente, é falha, devido a metologia inadequada e a falta de acessibilidade.    Em primeiro plano, a segregação de pessoas com diversidade funcional em colégios especiais impede a inserção plena desses indivíduos na sociedade. Nessa perspectiva, o sistema de educação deve estar preparado para receber alunos com deficiências, sejam cognitivas ou físicas, para que haja inclusão efetiva. Felizmente, esse cenário já demonstra melhora, visto que o número de crianças com deficiências matriculadas em colégios regulares cresceu 33% desde 2001.      Cabe ressaltar, também, que esse crescimento precisa ser acompanhado de uma adaptação na infraestrutura escolar, visto que esta ainda é precária. Nesse sentido, indivíduos com diversidade funcional, como  cadeirantes e deficientes visuais, precisam, por exemplo, de rampas e sinais sonoros para que suas vivências no ambiente escolar possam ser viabilizadas. Entretanto, isso não ocorre em grande parte dos colégios brasileiros, que, às vezes, não possuem recursos mínimos para recebê-los e tal recepção, quando ocorre, é resultado mais de uma boa vontade dos dirigentes, do que da efetivação de políticas públicas.       Torna-se evidente, portanto, que a inclusão social de deficientes a partir da educação é vital para a sociedade brasileira, entretanto, devido a falhas metodológicas e a infraestrutura precária, isso não ocorre de forma plena. Para solucionar essa problemática, medidas são necessárias. Nesse sentido, os governos municipais devem criar conselhos gestores, formados por pais, pedagogos e representantes do município, que vistoriem as condições de infraestrutura dos colégios regulares, com o objetivo de melhorarem as condições de acessibilidade na educação. Além disso, os gestores escolares devem preparar os alunos regulares para a convivência com o diferente, por meio de palestras e dinâmicas de grupo, visando a melhor integração dos deficientes que estão entrando no meio escolar padrão. Apenas assim, os valores do Século das Luzes poderão transcender o tempo e iluminar o Brasil.