Enviada em: 21/10/2017

De acordo com o filósofo Paulo Freire “se a educação sozinha não transforma a sociedade, tão pouco sem ela a sociedade muda”. Nesse contexto, mostra como a educação é fundamental para uma nação e que a inclusão de todos é extremamente importante, porém, isso não ocorre devido que muitas instituições não possuem um modelo de ensino adequado e infraestrutura para atender os portadores de necessidades especiais.       Primeiramente, um dos fatores que dificulta a inclusão efetiva é a falta de infraestrutura nas instituições de ensino. Isso porque, em sua maioria, não dispõem de instalações físicas apropriadas, como rampas de acessibilidade e materiais didáticos em braile, e ainda a falta de capacitação profissional de professores e da gestão pedagógica em receber esses alunos. Outrossim,essas situações associadas à cobrança de inadequadas taxas extras são os maiores obstáculos encontrados pelos pais. Nesse cenário, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) é fundamental, já que busca resolver os problemas de livre acesso, visando à igualdade e os direitos garantidos pela Constituição.       Além disso, vale questionar o atual modelo de ensino em vigência no Brasil. A exclusão, nesse sentido, não se limita apenas as crianças com necessidades especiais, mas também, tende a excluir as superdotadas e portadoras de transtornos de déficit de atenção. Contudo, segundo a coordenadora de Educação Especial de Florianópolis, Rosângela Machado, o modelo rígido de avaliações baseia o aprendizado pelos resultados das provas, assim, causa um sofrimento para a criança, não valorizando seu real potencial. Dessa forma, sustentou-se que esses alunos deveriam frequentar escolas especiais ou tomar medicamentos para se adaptar ao “padrão”, reiterando a sua exclusão.        Fica evidente, que é preciso estabelecer uma estrutura abrangente de inclusão do aluno. Portanto, o MEC junto às instituições públicas e privadas (e seus funcionários) deve envolver tanto a formação de professores quanto da gestão, por meio de cursos de extensão, planejamento das aulas, como exercícios adaptados, e a estrutura das escolas sejam acessíveis a todos. Dessa forma, fazendo que essas instituições sejam um espaço de diversidade, incluindo o aluno e adaptando os meios, ao invés, de maneira equivocada, fazê-lo se adaptar.