Enviada em: 24/10/2017

A educação surgiu de forma hierarquizada na sociedade sendo privilégio dos nobres. Esta sofreu diversas transformações até que em 1988, pela Constituição cidadã, tornou-se direito de todos. No entanto, infelizmente, a lei não é abrangente uma vez que a educação contemporânea vem sofrendo com problemas relativos à inclusão dos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEE). Isto está atrelado ao fato de que as escolas brasileiras não possuem profissionais capacitados para lidar com a situação e nem a acessibilidade necessária. Logo, torna-se indispensável discutir acerca de tal problemática.        A pirori, é preciso compreender que apesar de ocorridas diversas transformações na educação estas não foram suficientes para incluir os que possuem necessidades especiais. Uma evidência deste acontecimento foi à inserção dos deficientes em escolas regulares a partir da década de 70. Apesar de modificadora, a medida não se tornou inclusiva dado que os alunos tiveram que adaptar-se aos métodos de ensino impostos, o que fortuitamente acontecia. Para a autora Cláudia Wernekc, a conjuntura atual não é integrante já que incluir não é deixar os alunos especiais em calasses regulares sem suporte. O sucesso do processo depende da avaliação constante e da flexibilidade da equipe multidisciplinar        Além disso, é preciso falar daquilo que é apontado como um dos maiores obstáculos encontrados: a falta de acessibilidade, que engloba desde a escassez estrutural até a ausência de profissionais capacitados e preparados para lidar com as necessidades dessas crianças. Segundo levantamento feito pelo movimento Todos Pela Educação para o Observatório do PNE apenas 4,2% das escolas publicas possuem todos os itens de infraestrutura adequada previstos no Plano Nacional de Educação .       Desta maneira, fica claro que a conjuntura atual condiciona obstáculos nas escolas brasileiras. Pode-se dizer, portanto, que a estrutura presente da escola brasileira precisa de modificação. Assim sendo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNADE) deve investir uma porcentagem dos fundos arrecadados para a educação inclusiva por meio de recursos pedagógicos adaptados como livros em braile, telelupa, cadeiras adaptadas e rampas. O Ministério da Educação, por sua vez, como órgão regulador das diretrizes curriculares, precisa estabelecer como matérias obrigatórias aos cursos de pedagogia braile, linguagem de sinais e formação em educação especial. Desta maneira, a educação adaptar-se-á aos deficientes e só assim estes gozarão de seus direitos constitucionais.