Enviada em: 30/08/2018

No documentário "O Complexo de Vira-Lata", o tema abordado retrata o menosprezo do brasileiro por sua própria nacionalidade. À vista disso, a relação do indivíduo com a sua brasilidade demonstra um problema a ser resolvido, visto que, a prática desse complexo deteriora a imagem dos próprios cidadãos do país. Nesse sentido, a intolerância contra a própria nação advém da falta de propagação de cultura e de educação e acaba por afetar a auto-estima dos brasileiros.             Em primeiro plano, o grande escritor Monteiro Lobato foi um dos defensores da inferioridade do povo brasileiro o qual seria menos "evoluído" por causa da sua miscigenação entre índios e africanos. Em virtude disso, esse mesmo discurso vem sendo repetido de diferentes maneiras, como o caso do vice-presidente do atual candidato a presidência, Jair Bolsonaro, que declarou que os brasileiros herdaram indolência dos indígenas e malandragem dos negros, segundo o portal G1. Por conseguinte, o complexo de vira-lata passa entre as geração e insisti em denigrir a própria base social, cultural e étnica por acreditar que tradições de culturas imperialistas são melhores ou mais evoluídas. Dessa maneira, existem dois pontos a ser tratados nessa questão, a falta da democratização da cultura e da educação de qualidade que, respectivamente, faz com que indivíduos denigram a própria identidade e que construam aspectos preconceituosos sobre a própria pátria por causa de uma pedagogia falha.             Ademais, os efeitos dessa relação são maléficos para nação. Em virtude disso, essa ideia insistente de inferiorização, faz com que cidadãos entrem em estado de desmotivação, desacreditando do próprio potencial. Dessa forma, os filhos da pátria se tornam tristes, hostis e passivos, posto que, criam um círculo vicioso de intolerância o qual eles mesmos praticam e sofrem sem que façam nada para mudar. Logo, de acordo com o filósofo Platão e sua metáfora, os humanos vivem em uma caverna, onde ficam presos por correntes, que podem ser consideradas crenças ou senso comum, as quais dificultam o pensamento. Sendo assim, apenas por meio da libertação dessas amarras, ou seja, a desconstrução desses conceitos, o indivíduo poderá viver em harmonia.                Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Cultura, por meio de investimento em eventos culturais, promover no dia 7 de setembro, um feriado nacional, em locais públicos, como praças, parques e nos locais de desfiles, festas que valorizem as culturas bases do país, como a africana e a indígena, para fazer com que se crie orgulho e respeito das raízes nacionais. Por fim, cabe também ao Ministério da Educação, por intermédio aplicação de ensino sociocultural, ensinar nas escolas sobre a identidade cultural, nacionalidade e a importância de se respeitar e propagar o potencial da brasilidade, para que assim se desconstrua esse complexo que afeta a auto-estima dos cidadãos.