Enviada em: 23/07/2019

Por consequência da Revolução Científica -período iniciado no século XVI  e que se prolongou até o século XVIII- o acesso à tecnologia favorece o contato com uma farta veiculação de informações e convicções de segurança. Nesse sentido, na hodiernidade, a tecnologia possui um fundamental papel para o desenvolvimento da sociedade e no combate à criminalidade, a qual é sustentada devido à insuficiência de políticas públicas e a falsa ideia de segurança concretizada pelos sistemas de proteção. Com efeito, evidencia-se a necessidade de promover medidas preventivas ao problema social.   A priori, é imperioso destacar que a utopia relacionada aos sistemas de segurança aumenta a dimensão da problemática. Isso porque a sociedade pós-moderna é orientada por meio de ações e aparelhos de cunho tecnológicos e, assim, sustenta o ideário de confiabilidade em sistemas de proteção, por exemplo, câmeras e alarmes, a fim de obter uma proteção ilusória contra a criminalidade atual. Segundo o empresário Steve Jobs "A tecnologia move o mundo", desse modo, afirma a imprescindível participação da tecnologia no combate ao crime e no aprimoramento da segurança pública, a qual é negligenciada pelas instituições governamentais.   Nesse contexto, é imperativo pontuar que os problemas relacionados à criminalidade derivam ainda da baixa atuação governamental e da sociedade civil. Sob tal ótica, o sociólogo Polonês Zygmunt Bauman criou o conceito de "Instituição Zumbi", no qual declara que algumas instituições deixaram de exercer sua função, incluindo o Estado. Por conseguinte, a inobservância do Estado reflete no aumento dos índices de criminalidade, principalmente nos grandes centros urbanos, alimentando a utopia dos sistemas de proteção.   Portanto, é mister que o Estado tome providências para a amenização do quadro atual. O poder legislativo juntamente com a participação da sociedade deve investir em recursos tecnológicos, como videomonitoramentos, visto que as câmeras exercem um papel fundamental para a descoberta de crimes. Desse modo, será possível garantir os direitos de segurança pública que, de fato, são essenciais para o desenvolvimento da sociedade, além de promover o senso crítico na população sobre sistemas de proteção, por meio de deliberações nas instituições de ensino. Somente assim, será possível mudar o quadro atual iniciado pela Revolução Científica.