Enviada em: 18/06/2019

Na década de 1970, a cidade de Nova York passava por uma crise de segurança pública sem precedentes históricos. Nesse contexto, o então prefeito Abraham Beame resolveu juntar esforços e fazer um grande investimento que pudesse conter a onda de criminalidade. Nesse ínterim, a metodologia encontrada foi quadruplicar os valores destinados a novas tecnologias que buscassem coibir os delitos. Dessa maneira, o político obteve êxito em poucos meses, assim como mostrou ao mundo uma nova forma de lidar com essa contenda. Todavia, o implemento de aparatos tecnológicos, apesar de importantes, sozinhos não bastam por não serem capazes de mudar as causas dos crimes.       Primeiramente, é indubitável que o desenvolvimento das novas ferramentas tecnológicas hoje existentes, como câmeras, alarmes, sensores de movimento, drones, dentre outros, proporcionaram uma maior possibilidade de enfrentamento ao crime. Prova disso é, que segundo o Instituto Data Folha, lojas com sistema de monitoramento interno sofrem 44% menos furtos e roubos que aquelas sem esse sistema. Nessa esteira, é possível notar que meliantes, mediante as dificuldades impostas pelas ferramentas, tal como pelo aumento do risco de serem identificados, irão priorizar cometar seus atos delituosos em locais menos vigiados.       Outrossim, é notório que a sociedade passou a dar grande credibilidade aos novos instrumentos técnicos, entretanto os mesmos somente são capazes de enfrentar os efeitos do crime, não são aptos a alcançar as causas que impulsionam tais eventos. Dessa maneira, na referida cidade americana, no começo dos anos 2000, o prefeito Rudolph Giuliani percebeu a necessidade que houvesse o fortalecimento das comunidades através de investimentos voltados a inclusão social e melhor distribuição de renda. Essa conduta foi capaz de reduzir em até 60% os delitos em geral no município.       Em virtude dos fatos mencionados, portanto, os Governos Municipais, assim como a iniciativa privada, devem aumentar os investimentos em tecnologias de segurança, através de abatimento em impostos nesses materiais, para que dessa forma os crimes passem a ser mais coibidos e tenham sua investigação facilitada. Ademais, cabe as três esferas de governo, Federal, Estadual, Municipal, executarem políticas de inclusão social, como oferta de atividade esportiva gratuita, ensino em tempo integral para crianças, para que o tempo das mesmas seja ocupado com atividades construtivas, afastando-as de situações de suscetibilidade social. Nessa diapasão, a tecnologia somada a investimentos no desenvolvimento da sociedade podem tornar a árdua tarefa de enfrentamento ao crime algo mais plausível.