Enviada em: 31/07/2019

O termo "crime perfeito" é usado na literatura policial para designar o delito que não deixa pistas ou suspeitos. Com esse fim, criminosos se utilizam da tecnologia e outros artifícios, os quais para serem vencidos precisam de um aparato policial com igual eficiência, seja na ficção ou na realidade. Por isso, é importante aplicar a tecnologia no combate à criminalidade, porém de forma otimizada e responsável, com base no respeito às liberdades individuais.        Para tanto, é imprescindível estratégia e pessoas capacitadas com aparato eficiente para combater o crime organizado. É de conhecimento geral que equipamentos como detectores de metal e câmeras já são utilizados pela polícia, contudo se eles não forem utilizados de maneira adequada ou os agentes não tiverem um treinamento correto, se tornarão um investimento perdido. Da mesma forma, caso esses aparatos sejam usados de maneira dissociada ou independente da investigação ativa dos agentes, ou seja, quando ações policiais são feitas sem estratégia, a tecnologia perde a funcionalidade.       Somado à efetividade tecnológica, é preciso garantir uma ação ética. No livro 1984 de George Orwell, a tecnologia é utilizada para vigiar e controlar os cidadãos. Na realidade, essa distopia deve ser seriamente estudada, a fim de evitar e combater possíveis violações aos direitos humanos decorrentes de um uso tecnológico inadequado ou autoritário. Por isso, a aplicação de novos equipamentos deve ser racionalizado, para que a criminalidade seja atingida de forma eficaz e legal.        Assim, nota-se que a tecnologia é um excelente recurso contra a criminalidade, quando usada corretamente. Para isso, o Ministério da Segurança Pública deve investir de maneira otimizada em novas tecnologias para as delegacias, por meio de verbas públicas, concurso ou treinamento para ter-se agentes mais especializados, além de uma fiscalização contra possíveis abusos ou irregularidades. Isso deve ser feito com a finalidade de aumentar a segurança de maneira ética.