Enviada em: 26/06/2019

A análise do contexto histórico brasileiro permite inferir que a tecnologia no combate a criminalidade é uma problemática paradoxal no Brasil. Se por um lado houve avanços na tecnologia de segurança, entretanto, por outro lado não são todas as pessoas que possuem remuneração econômica para investir em aparelhos, câmeras e programas no combate ao crime.      Nosso país, desfruta de uma das maiores áreas territoriais do planeta e no período colonial de nossa história, o exército possuía muitas dificuldades para combater e reprimir as revoltas do coloniais. No entanto, atualmente, com o avanço das tecnologias e redes de comunicações facilitaram o controle dos crimes em todo território nacional e mundial. Hoje, também desfrutamos não só de aeroportos com câmeras de reconhecimento facial, mas também carros de policiais com GPS e câmeras em avenidas, que são os principais aliados dos agentes de segurança. É evidente que houve evolução na tecnologia contra a criminalidade, mas ainda estamos muito longe da perfeição, pois segundo IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística) investimos por ano somente 1% do PIB em segurança pública, tornando isso um impulsionador do problema social da criminalidade.     Hodiernamente, ocupando a nona posição da economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui referência em combate a criminalidade. Contudo a realidade é justamente o oposto: presídios lotados, estupros, assassinatos e perseguições são evidenciados diariamente em nossos noticiários. Nessa perspectiva é uma obrigação do Estado desenvolver tecnologias para o combate a essas mazelas sociais. Embora em grandes centros e empresas existam alarmes, câmeras, sistemas de controle e inúmeras formas de prevenção ao crime, muitos lugares ainda sofrem com a escassez de recursos para investimento em tecnologia no combate a criminalidade.Diante disso, é inadmissível aceitarmos viver com medo e insegurança, uma vez que para muitos de nós brasileiros existem somente duas possibilidades: comprar comida ou investir em aparelhos contra roubos.     Destarte, notamos que a tecnologia no combate aos crimes na sociedade brasileira é uma necessidade que precisa ser resolvida. A partir do pensamento de Paulo Freire "Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho e na ação-reflexão" é fundamental que o Ministério das Tecnologias trabalhe ativamente com cada Estado, criando novos métodos e ferramentas tecnológicas, mas principalmente disponibilizando esses meios gratuitamente aos centros e periferias com maior incidência de criminalidade, para combater de maneira eficaz ladrões e assassinos que tornam a população vulnerável. Por conseguinte, se tornaremos uma nação referência em segurança e uma sociedade com muito mais liberdade para viver e ser feliz.