A Terceira Revolução Industrial possibilitou que a sociedade transitasse, no final do século XX, da Era industrial para Era da Informação. Um contexto que proporcionou a dissiminação da tecnologia para os diversos setores da sociedade. Dessa forma, percebe-se que essa também se expandiu como mecanismo de combate à criminalidade. Porém, essas ferramentas tecnológicas podem produzir no seio social a negligência das reias causas da violência. Ademias, um quadro que resulta na contradição do avanço do conhecimento apresentado pelo movimento Ilumista. Em primeiro lugar, ao analisar as cidades contemporâneas, nota-se casas com cercas elétricas, ruas com câmeras, exemplos que demonstram como os meios tecnológicos servem de auxílio para o enfrentamento da violência. Todavia, essa conjectura também pode reverte-se na naturalização dessa situação, ou seja, a sociedade pode acostumar-se a não buscar mecanismo de combate as raízes que promovem a criminalidade, mas sim, meios que a ajude a conviver com esse quadro. Dado que, se as injustiças socias permanecerem, por exemplo, indivíduos estarão propícios a ingressarem no crime e, assim, a violência subsiste na população. Consoante a isso, quando o seio social mira a tecnologia apenas para as consequências promovidas pela criminalidade fica à mercê de um ciclo vicioso. Contudo, esse contexto ilustra a realidade elucidada no livro "Dialética do Esclarecimento" dos autores Max Horkheimer e Theodor Adorno. Posto que, esse obra faz uma crítica aos ideais iluministas que argumentavam que a sociedade se libertaria de qualquer dominação por meio do conhecimento, entretanto, observa-se que mesmo com os avanços científicos e técnicos as barbarias sociais continuaram. Dessarte, uma contradição que se reverbera atualmente, já que o crecimento tecnológico poderia apresentar-se como meio de coibição dos fatores que desencadeiam a criminaliedade, como a fome. No entanto, devido à existência de monopólios, que preconizam o lucro em vez do ser humano, os resultados direcionados aos benefícios socias são limitados. Portanto, cabe as ONGs- Organizações não Governamentais- desenvolverem comerciais que serão veiculados nas grandes mídias sociais, os quais demonstrarão uma crítica direcionada a forma como a tecnologia é utilizada para combater a criminalidade. Assim, ilustrarão cenas dos atuais aparelhos tecnologicos empregados na coibição da violência, com objetivo de revelar a sua inutilidade na luta da miseria e desigualdade social, por exemplo. Para que desse jeito sensibilize a sociedade a pressionar o Poder Público com a finalidade de que esse venha utilizar o avanço cientifico e técnico nas reais causas que promovem à violência. Diante disso, a tecnologia centrada em melhorar a qualidade de vida do ser humano conseguirá enfrentar de forma eficiente esse mal social.