Enviada em: 22/08/2019

Na música “Criminalidade” o cantor contemporâneo Edson Gomes descreve a situação caótica que se encontra a segurança pública urbana. Trechos da obra como “A gente precisa de um super-homem que faça mudança imediata, pois nem mesmo a polícia pode destruir certos manobras organizadas” descreve o olhar incrédulo que a sociedade brasileira tem sobre as atuais medidas governamentais contra delitos. Ao transpor a temática da tecnologia no combate da criminalidade, é nítido que o enfraquecimento de investimentos na segurança somado ao despreparo dos agentes da área tornam o fim de tal mazela um processo ainda mais moroso _ eis o conhecimento às avessas.       Ao principiar tal visão, é válido ressaltar que a implementação de projetos que objetivam o desenvolvimento social em áreas mais afetadas pela violência, como SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), é notável. Contudo, os ínfimos investimentos em modernização de ferramentas de defesa pública concomitantes são refletidos, por exemplo, no número de homicídios de mulheres acima da média, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. Dessa forma, inversões em tecnologia é primordial, visto que, por torna-se aliada a liderança governamental para maior efetividade das políticas municipais de segurança pública.       Essa escassez de postura advém, sobretudo, da ausência de concepções e de uma formação por parte dos entes competentes. Como afirmou Sérgio Buarque, em sua obra Raízes do Brasil, os brasileiros estão acostumados a tratarem o Estado como um pai, deixando todas as questões político-sociais em suas mãos. Dessa forma, paralelo às garantias que competem ao Estado, surge a exigência da ação conjunta com os agentes civis e militares que carecem de capacitação e treinamentos específicos. De fato, torna-se necessário a implementação de medidas que resolvam o impasse.       Depreende-se, portanto, a conveniência de maior dinamismo dos entes competentes para minorar a criminalidade no país. Para tal, o Ministério de Segurança Pública deverá articular outros órgãos públicos da administração pública, como a Secretaria do Tesouro Nacional, com projetos que visem uma maior carga tributárias focalizando investimentos na modernização dos dispositivos de defesa estaduais e municipais. Somado a isso, as Secretarias Municipais deverão proporcionar cursos de capacitação e formação que abranja desde policiais militares a guardas municipais, em que os instruam no manuseio dessas ferramentas, a fim de evidenciar a utilidade da ação conjunta, objetivando minorar a criminalidade no país.