Enviada em: 02/08/2019

Em uma de suas premissas, o físico e teórico Albert Einstein, explicita que, a tecnologia se superiorizou á nossa humanidade, depreendendo-se, portanto, que o meio técnico-científico-informacional alavancou-se e atingiu novos parâmetros sociais, apresentando assim, uma maior comodidade e praticidade no cotidiano do ser humano, precipuamente no que tange á segurança pública. Nesse mesmo viés, o contexto acima inserido nada difere do panorama atual, tendo em vista que, com o advento de novas serventias decorrentes da tecnologia, dispositivos modernos, passaram á exercer funções, antes feitas por indivíduos. Desse modo, tal cenário faz-se preocupante, ao apresentar o comodismo da sociedade e a ausência do Estado perante á criminalidade exacerbada no mundo atual.   A priori, é válido reconhecer que, o meio tecnológico tornou-se cada vez mais presente na contemporaneidade. Acerca disso, é pertinente abordar o discurso feito pelo escritor Paulo Samuel onde ele critica a atitude do ser humano diante de situações habituais: pior que o comodismo, é o conformismo. Assim, denota-se, de imediato, a similaridade com a habitualidade ao referenciar o comodismo do ser humano acerca da própria segurança ao apropriar-se e conformar-se com a ideia de que, apenas com as funções exercidas pelos aparelhos de segurança, todos terão uma proteção de qualidade. Logo, apenas a tecnologia no combate á criminalidade, acaba que, não sendo suficiente para liquidar tal discrepância social.   Em segundo lugar, ainda em consonância pelo que fora apregoado por Paulo Samuel, o Estado é observado como ausente em tal divergência, seja por não contribuir para o extinguo de tal conflito, seja por falta de investimento. Sendo assim, evidencia-se novamente, o conformismo atribuído pelo escritor, onde a força estatal não se propõe a desmitificar a utopia de que, a segurança não deve partir de um só lado - somente o Ministério de Segurança Pública ou o Estado -, assim, dentro do contexto, a crítica apresentada faz jus a premissa de Einstein. Por conseguinte, o número de casos referentes á ações criminais progride e torna a condição de vida do ser humano, cada vez mais extinta.   Levando em consideração os argumentos apresentados no texto, conclui-se que a segurança pública atual ainda contém falhas. Desse modo, cabe ao Estado fazer-se presente neste panorama, juntamente com o Poder Executivo, por meio da internet e prefeituras criar leis que proponham a participação colaborativa da população para a segurança e campanhas televisivas - anúncios que mostrem uma condição de vida, resultante da minimização da criminalidade -, a fim de criar um senso crítico na sociedade e ir de encontro ao enunciado de Einstein e Paulo.