Enviada em: 24/07/2019

Por razões históricas e culturais, o Brasil não valoriza devidamente o esporte feminino. Infelizmente, em meados do século XX no país, as mulheres chegaram a ser proibidas de praticar esportes vistos, por parte da sociedade, como praticáveis apenas por homens. Isso deixou marcas até hoje  na população brasileira. Em contrapartida, muitas pessoas lutam para que o esporte feminino e masculino fiquem em pé de igualdade.     Em 1941, na Era Vargas, as brasileiras foram impedidas de praticar esportes ''incompatíveis com as condições de sua natureza''. Essa mudança discriminatória deixou resquícios que são vistos até hoje. Os jogos da Seleção de Futebol Feminino na Copa do Mundo de Futebol Feminino, por exemplo, só foram transmitidos ao vivo na TV aberta em 2019 no Brasil. Enquanto isso, há décadas, os brasileiros têm a tradição de reunir a família e amigos para assistir aos jogos da Copa Masculina. Isso, representa o quanto o esporte feminino é pouco valorizado no país.     Apesar dessa pouca atenção dada à prática de esportes por mulheres  e meninas, muitos seguem lutando para mudar as condições de desigualdade entre os gêneros nesse espaço. A ONG Empodera, é um bom exemplo de transformação social pelo esporte, ela estimula e valoriza o esporte feminino no Rio de Janeiro. Outro exemplo, a jogadora de futebol Marta, mostrou que o campo é, também, um espaço de busca de igualdade de direitos para as mulheres ao reivindicar por salários iguais e pela valorização do futebol feminino. São essas ideias, grandes ou pequenas, que farão a mudança na estrutura patriarcal esportiva.     Em suma, o Brasil ainda tem muito o que fazer para que o esporte feminino seja devidamente valorizado. Portanto, torna-se necessário que o Ministério da Educação, Esportes e Cultura crie um plano de metas para estimular a participação esportiva de mulheres e meninas. Para isso, será necessário estudar as dificuldades que elas enfrentam em cada esporte em particular. Assim, cada vez mais mulheres se envolveram nesse que é um espaço de lazer e saúde, mas também de ascensão feminina.