Enviada em: 30/07/2019

No Brasil, no ano de 1921, ocorreu a primeira partida de futebol feminino, o qual foi noticiado pelo jornal ''A Gazeta'' como atração ''curiosa'', quando não ''cômica''. Hodiernamente, esse preconceito enraizado permanece na sociedade brasileira, visto que o movimento esportivo feminino é sinônimo de descaso e desnecessidade. Por isso, torna-se necessário o debate acerca da valorização do esporte feminino no Brasil.    A princípio, é imperioso destacar que, em função do machismo implantado, é sintetizada uma herança pejorativa na história do país. Por exemplo, em 1841, o governo de Getúlio Vargas decretou proibição da prática do desporto feminino. Isso acontece porque, existe uma carga histórica machista dentro do tecido social, como resultado ela impõe as diferenças entre os gêneros e corrobora para o descaso feminino. Desse modo, a sociedade não pode aceitar a depreciação esportiva feminina em nome do combate ao patriarcado imposto pela sociedade.       Outro ponto relevante, nessa temática, é a falta de incentivo financeiro. Segundo dados da Folha de São Paulo, o melhor time da Copa Feminina-2019 recebeu menos que o pior time da Copa Masculina-2018 na Rússia. Consequentemente, essa depreciação feita pela corporação de futebol corrobora com o desprezo da população para  apreciar o esporte feminino. Dessa maneira, seria negligente não notar o descaso estatal a respeito do investimento no movimento esportivo das mulheres, consequentemente influenciando a sua desvalorização.       Portanto,é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual.Para a ratificação do machismo enraizado na sociedade, urge que a indústria cinematográfica através de filmes e séries, dissemine a normalidade de mulheres no esporte, a fim de criar um sentimento misto de igualdade dentro desse meio. Ademais, é vital que Ministério do Esporte crie leis para igualar os prêmios nas competições femininas e masculinas, com o objetivo de auxiliar na valorização do esporte fêmeo. Somente assim, teremos uma sociedade que não tenha pensamentos retrógrados como noticiado em 1921.