Enviada em: 08/08/2019

De acordo com a Cúpula das Nações Unidas, alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas é um dos objetivos para que se conquiste um país de desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, a prática de esportes e atividade física é um meio imprescindível para que a sociedade feminina se ascenda socialmente, toda via a falta de incentivo ao exercício dessas atividades pelas mulheres, ao longo dos anos, compromete para que esse essencial propósito seja, de fato, concretizado.     Em primeira analise, é importante destacar que o esporte e as atividades físicas, desde suas primícias, eram consideradas um exercício exclusivamente masculino, incompatível com a natureza delicada feminina. Em conformidade com um aglomerado de legislações estabelecidas no ano de 1941, no país, a atividade de alguns desportes como futebol, handebol, as lutas entre outros, eram proibidas para as mulheres, por meio do pressuposto de que o corpo feminino era muito frágil. Assim, a ingressão feminina a prática de esportes era vista como algo impróprio e completamente desvalorizado.       Por conseguinte, é possível presenciar esses antigos paradigmas impregnados na sociedade brasileira contemporânea, apesar das inúmeras conquistas realizadas pelas mulheres para que esse estado se reverta, como a a revogação da lei supracitada na ano de 1983. Conforme o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a prática de exercícios físicos e esportes pelas meninas é 40% inferior aos meninos no país. Dessa forma, é possível verificar uma grande desigualdade de gênero no campo de atividades físicas e esportivas no Brasil.       Portanto, para que se alcance a igualdade de gênero e o empoderamento feminino por meio do esporte e, consequentemente um desenvolvimento sustentável, é primordial que o estado intervenha. Nesse sentido, o Ministério da Educação em conjunto com o Ministério do Esporte devem desenvolver uma cultura esportiva que valorize a participação das meninas, desde a primeira infância, por meio de palestras regulares no âmbito escolar, de incentivo a ingressão feminina nos exercícios esportivos bem como de desconstrução dos paradigmas estabelecidos ao longo dos anos, com a colaboração dos professores de educação física, tanto em escolas públicas e particulares, com a finalidade de que os números das mulheres praticantes de esportes sejam cada vez maiores no país.