Enviada em: 27/08/2019

A VALORIZAÇÃO DO ESPORTE FEMININO NO BRASIL:        A presença das mulheres no esporte vem se tornando cada vez maior em todas as modalidades, mesmo assim o preconceito contra atletas e profissionais da área ainda é muito presente.        As Olímpiadas modernas recomeçaram em 1896 e seu idealizador era absolutamente contrário à participação de mulheres. Segundo ele, os Jogos Olímpicos deveriam ser uma “solene exaltação do atletismo masculino”. Nenhuma mulher participou oficialmente das primeiras edições, mas houve participações não oficiais de duas atletas: Melpômene e Stamata Revithi. Com o passar do tempo e a mudança do papel da mulher que, com a revolução industrial, passou a trabalhar fora de casa, o movimento com relação ao reconhecimento das atletas nos esportes foi se tornando cada vez mais intenso e, em 1928, o COI aprovou a inclusão de provas de atletismo para as mulheres nas olímpiadas.        A presença de mulheres nas disputas de longa distância foi parcialmente consolidada em 1984 com o reconhecimento de mulheres na participação dessas provas. Mas, foi apenas em 1996, que uma maratona feminina foi incluída nas olímpiadas O cenário esportivo ainda tem muita desigualdade de gênero. Todos os dias, as mulheres do mundo todo enfrentam vários obstáculos pelo simples fato de serem mulheres. No esporte, não é diferente. A prática de exercícios físicos pelas mulheres no país é 40% inferior aos homens, segundo o relatório “MOVIMENTO É VIDA”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).         Foram feitas vários pesquisas da Organização das Nações Unidas (ONU) para mapear a prática de esporte no país. Entre eles a renda que quanto menor o recurso financeiro, maior a diferença de participação esportiva por gênero. A cultura de não incentivar as mulheres aos esportes, principalmente coletivos, pode ser explicada inclusive pelo pouco acesso ao lazer devido às tarefas domésticas, que ocupam em média 20,5 horas semanais das mulheres, enquanto os homens gastam 10 horas por semana nas atividades de casa.        Portanto ,a marginalização da mulher nas práticas esportivas é um aspecto machista enraizado historicamente. A fim de se obter avanços nesse cenário, a escola deve promover, desde cedo, atividades que integrem ambos os sexos, a fim de desconstruir a ideia de que o esporte é só para homens. O governo, por sua vez, deve investir mais nas atletas, conferindo-lhes a possibilidade de seguir a carreira esportiva. É papel da mídia, por fim, veicular mais informações sobre o esporte vinculado à mulher e valorizar as conquistas alcançadas por elas.