Enviada em: 27/08/2019

“Enraiveçam-se!” Irreverentes e provocadoras eram as mensagens escritas por estudantes em muros e cartazes espalhadas pela França. A imagem de maio de 1968 como ano revolucionário se dá pelas profundas transformações na imparcialidade governamental e nas exigências de discentes em mudanças no âmbito social, político e econômico. Ao transpor a temática da valorização do esporte feminino no Brasil, é nítido a conveniência do espírito progressista, visto que, o alheamento governamental com ínfimos investimentos, juntamente com a cultura patriarcal da sociedade, precursora de ideologias arcaicas quanto a figura feminina, potencializam a mazela. De fato, a sociedade subsiste em devaneios.        Ao principiar tal visão, é válido ressaltar que a implementação de diretrizes que obrigam clubes de série A possuírem equipes femininas, é notável. Contudo, a tenacidade da displicência Estadual em escassos incentivos a patrocínios são espelhadas na discrepância quantitativa de mulheres e homens nas práticas esportivas. Tal inaptidão desdobra-se com a carência saber crítico de líderes governamentais quanto as práticas esportivas como ferramenta eficaz de intervenção psicossocial para desenvolvimento da democracia_ eis o conhecimento às avessas.         Ademais, outro fator que corrobora para a mazela é a ausência de concepções e de uma formação por parte da sociedade. Além disso, quando se vincula a contextos históricos patriarcais, que nutrem-se com a exclusão da figura feminina das sanções sociais, quase todos trilham a ignorância com a prática de preconceito e ideologias hierárquicas, a meritocracia se torna deturpada e precursora de um lento amadurecimento social. De fato, vive-se em uma sociedade culturalmente primitiva em relação as práticas desportivas no país.        Depreende-se, portanto, a necessidade medidas que menorize o lubridiamento da coletividade. Para tal, o Concelho Nacional de Esportes deverá investir em clubes esportivos a ampliação de mulheres no ambiente esportivo, desenvolvendo projetos de leis que determinem a concomitância de modalidades femininas, além de fiscalizar possíveis desigualdade salarial por conta de gênero entre atletas, a fim de promover a massificação planejada de toda a população. Ademais, a escola deverá realizar a implementação em seu plano pedagógico de aulas interdisciplinares envolvendo professores de educação física e alunos, com atividades esportivas mistas com meninos e meninas, a fim de contribuir na formação de ideologias democratas desde as séries iniciais. Além disso, a mídia e seu viés influenciador, trazer a temática a sociedade por meio de campanhas publicitárias, com a finalidade promover a discussão e, consequentemente, quebra de tabus hierárquicos na comunidade.