Enviada em: 21/04/2019

Na série televisiva Game Of Thrones a objetificação da mulher é considerada ''normal'', suas funções: ora proporcionar prazer ora gerar descendentes. Assim como a ficção, hodiernamente a mulher passa por desigualdades e discriminações, uma vez que,promove não só a violência no âmbito de relacionamentos como também acentua a ineficiência do Estado em proporcionar segurança social. Logo, o feminicídio florece na sociedade brasileira e gera milhares de vítimas a cada dia.   Ocasionalmente a forma de nomear o problema visibiliza o cenário; tendo em vista a perpetuação de casos de assassinatos de mulheres por encontrarem-se na condição do sexo feminino. Os casos ocorrem quando a violência exercida é motivada pelo sentimento de posse, desprezo, não aceitação do término do relacionamento e até mesmo a autonomia da mulher. Aliás, é recorrente a justificativa do momento de descontrole ou intensa emoção no qual o comportamento da vítima é apontado para perversamente dizer que ela --e não o homicida-- foi responsável pela agressão sofrida.    Outrossim, o Estado goza o dever de garantir a segurança social, independente do gênero, bem como, a sociedade possui o direito à liberdade e à vida. Incomensuravelmente o ''Contrato Social'' de Jean Rosseu, preserva a vida humana e garante a liberdade, por meio da submissão à autoridade da vontade geral. Dessa forma o Estado como instância, criou a Lei do Feminicídio em 2015, na perspectiva de desviar as raízes discriminatórias da invisibilidade e coibir a impunidade; sendo o feminicídio entendido como uma qualificação do crime homicídio.  Em síntese, o feminicídio é um problema que talha a vida de muitas mulheres.Visando contribuir para o seu desmantelamento, a criação de diretrizes de identificação de crimes relacionados ao sexo feminino é um uma boa opção, em razão de realizar uma investigação imparcial, séria e efetiva, adequando a resposta a duas finalidades: respostas a um caso particular e ao mesmo tempo, prevenir a consolidação do feminicídio.