Enviada em: 17/06/2019

Em "As Sufragistas",estreia cinematográfica de 2014,retrata-se a luta do movimento feminista pelo direito ao voto no Reino Unido início do século XX,exigindo resistência e pressões interpessoais e institucionais de uma mais que fundamental cidadania plena.Embora ficcional,o enredo não parece distanciar-se da contemporaniedade,já que muitas mulheres ainda lutam por uma sociedade igualitária.Nesse âmbito,pode-se analisar que os abusos da sociedade brasileira persistem pela falta de leis efetivas e por ter raízes históricas e ideológicas.     Em primeiro plano,é indubitável que em pleno século XXI o Brasil não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal,uma vez que exite um determinismo biológico em relação às mulheres.Com isso,o machismo se tornou a principal causa desse abuso,dado que a cultura brasileira prega que a função social do sexo feminino é de submeter-se ao masculino.Dessa maneira,o comportamento violento contra elas é naturalizado,pois está na "ditadura patriarcalista".Comprova-se isso com a web site Glamour,retratando que 9 milhões de adolescentes sofreram abuso sexual nos últimos 12 meses,o que demonstra a necessidade de combater essa problemática.E,como resultado disso a punição para tais atos acaba sendo dificultada,o que pode aumentar a chance de novos delitos.      Ademais,a lentidão e a burocracia do sistema punitivo colaboram com a permanência das inúmeras formas de abuso.Visto que,os processos são demorados e em vários casos as medidas não são tomadas no devido momento somado com a precária fiscalização desse decreto,pois em incontáveis delegacias as mulheres são tratadas de forma errônea.Corrobora-se com isso a Lei Maria da Penha,que entre 2006 e 2011 teve apenas 33,4% dos casos julgados.Por esse motivo,muitos indivíduos ao perceberem a ineficiência continuam praticando tais crimes.E,consequentemente,essas acabam sendo agredidas psicológicamente e sofrendo torturas em diversos locais.     Portanto,a falta de efetividade de leis e a persistência do machismo agravam o preocupante quadro dos abusos que as mulheres sofrem no país.A fim de combater tais atos,cabe ao Poder Executivo e o Ministério da Educação oferecer nas escolas e comunidade aulas educativas com professores especializados que ensine os adultos a educarem os jovens desde pequenos que a mulher possuí os mesmos direitos que o homem e deve ser respeitada,e também aumentem a fiscalização nas delegacias a fim de auxiliar na eficiência das leis e garantir a punição adequada,para que a violência seja minimizada.Assim,as chances de se alcançar uma cidadania realmente legítima e plural sejam maiores.