O documentário Na Hora Certa expõe a mulher como protagonista de seu próprio parto, isto é, ela possui poder de escolha. Além disso, retrata sobre atos de violência obstétrica no Brasil, como a episiotomia, a impossibilidade de possuir acompanhante no momento do parto, bem como o uso de medicamentos para induzi-lo. Através desse documentário, observa-se o aumento das discussões a cerca do parto, o que representa um crescente empoderamento feminino. Segundo a pesquisa Nascer no Brasil, realizada pela instituição Fiocruz, apenas 5% das mulheres entrevistadas não sofreram violência obstétrica, o que é preocupante. Certamente, uma das causas para tal ocorrência é a falta de comunicação entre médico e paciente em que, por vezes, há omissão de informações e indução à cesariana. Quando ocorre essa última, há a violência contra o poder de escolha da gestante. Cabe ressaltar que essa cirurgia é conveniente em determinados casos, mas na maioria das vezes é dispensável. Portanto, o alto índice de cesárias no Brasil gera debates e se atribui à praticidade e ao preço do procedimento, ou seja, é mais conveniente para os médicos, pois eles receberão um valor maior. A fim de mudar essa conjuntura, existem hospitais como Sofia Feldman, em Belo Horizonte, que oferecem partos humanizados. Esse modo de concepção respeita a fisiologia do parto e oferece conhecimento e poder de escolha à mulher. Diante disso, atualmente, houveram diversas modificações jurídicas em prol da diminuição de violências obstétricas, mas é necessário ir além. Seguindo o exemplo do hospital anteriormente citado, é necessário que o Ministério da Saúde atue promovendo maior poder de escolha da gestante, através de treinamentos que visem capacitar equipes obstétricas à realizar os diferentes tipos de parto e, além disso, auxilie a mulher na elaboração de Planos de Parto, oferecendo informações acerca da respectiva temática. Assim, a violência obstétrica diminuirá e a opção efetuada pela gestante será respeitada, tendo em vista que essa adquiriu conhecimentos sobre.