Enviada em: 01/06/2018

É incontrovertível que a violência obstétrica no Brasil tornou-se constante. Atualmente, devido a vulnerabilidade de muitas mulheres grávidas no pré-natal, parto e pós parto, além das agressões físicas ou emocionais, privação de alimentos e o uso de ocitocina sintética, são fatores que causam transtornos complexos para as gestantes e a saúde pública no Brasil.   Dito fora por João Paulo II " A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser". Tal fato mostra que toda mulher tem a liberdade e o direito pela sua vida, uma vez que, constantemente, gestantes sofrem agressões físicas ou emocionais por profissionais de saúde. Nesse contexto, médicos, por exemplo, fazem episiotomia indiscriminada - corte entre ânus e a vagina, para que o bebê saia facilmente. Por conseguinte, as mulheres parturientes possuem problemas na sexualidade e sintomas de depressão.  Somando a isso, têm-se o fato de que há a falta de respeito com gestantes, visto que médicos usam a ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto, fazendo com que as contrações fiquem mais ritmadas. Isso faz com que ocorra dor excessiva na gestante, fazendo-a sofrer e, muitas vezes, desiste do parto normal obtendo a preferência pela cesária. Eis a razão de que, a falta de consentimento da mulher sobre tal situação traz consequências, dentre elas, o trauma pós parto. Em casos como esses, é imprescindível a atuação estatal e social para a superação desses obstáculos.  Em síntese dos fatos elencados, percebe - se que a violência obstétrica tem um caráter problemático, bem como a urgência da intervenção do Estado. Destarte, o Ministério da Saúde deve implantar nos hospitais públicos e privados, psicólogos para o apoio a gestante ou caso a mulher sofra algum medo do pós parto, a fim de auxiliar na superação do trauma. Paralelamente, ainda por parte do Ministério da Saúde, cabe exigir dos hospitais criarem o plano de parto junto com a mulher e o obstetra, por meio de atendimentos constantes durante o pré-natal, a fim de não ocorrer uma cesária e a aplicação de ocitocina sintética de forma desnecessária, para que a mulher grávida seja respeitada e que essas ocorrências sejam exterminadas.