Enviada em: 04/06/2018

Em comparação com as da sociedade brasileira antes das revoltas feministas, na qual eram apenas seres responsáveis por gerar descendentes e cuidar deles, as mulheres da atualidade conquistaram a liberdade de decidirem ter filhos ou não sem serem crucificadas pela população. No entanto, em contradição com essa conquista, vê-se crescente no Brasil a ocorrência da violência obstétrica com muitas dessas mulheres que optaram por gerar um filho, tendo, assim, seus direitos ainda violados e traumas do que deveria ser um dos melhores momentos de sua vida.      A violência obstétrica, de acordo com o jornal Época, ocorre com uma em cada quatro gestantes. Diante desse dado, torna-se perceptível o quão comum são esses casos de violência que envolvem o ato verbal ou físico que ofenda a gestante. Ademais, um dos principais motivos dessa usualidade é o fato de ocorrer em um ambiente fechado e preservado, como é o caso das salas de hospitais, e sem uma autoridade que possa os direitos da gestante presente.       Além disso, outros fatores que levam à ocorrência desse tipo de violência contra a mulher é, por exemplo, a falta de instrução, tanto em relação aos direitos da paciente gestante ou parturiente, quanto relacionado à possibilidade de denunciar o agressor, além, também, da falta de assistência por parte dos hospitais, através de assistentes sociais, exigidos por lei, às grávidas, fatores esses que, caso resolvidos, facilitariam a fiscalização da violência obstétrica.       Diante desse cenário, é preciso que o Ministério da Saúde instrua as mulheres e os familiares em relação aos seus direitos e aos deveres dos profissionais no atendimento à gestante, através de campanhas como a distribuição de folhetos informativos em postos de saúde, para que a mulher esteja preparada para combater e denunciar a violência obstétrica. Além disso, é necessário um atendimento mais eficiente às denúncias de vítimas dessa violência, através de investimentos por parte do Estado na Polícia Federal, para a criação de uma delegacia especializada no atendimento dessas mulheres, e da determinação de punições mais severas e eficazes aos profissionais que desrespeitarem a gestante ou parturiente por parte do Legislativo.