Enviada em: 30/06/2018

Debater sobre a questão da violência obstetrícia no cenário brasileiro infere não só na questão de um ato humilhante causado por profissionais da área da saúde, mas também pelo abuso de poder e psicológico sob suas pacientes. Mesmo para mulheres de classe média e alta, é recorrente reclamações de brutalidade nos partos. Tendo tais fatores em vista é de fundamental importância caracterizar como ocorre a violação do corpo e o emocional da gestante e como viabilizar seu fim nos hospitais e clínicas brasileiras.       Em primeiro lugar, destaca-se que a hostilidade na área obstétrica é assimilada com o médico negar o direito de um acompanhante, recusar o plano de parto da gestante, a intervenção sem necessidade como o uso de soros, impedir a escolha da mulher com relação a posição que a mesma deseja para parir e entre outros exemplos. A violência corresponde a um caso de dominante e dominado, sendo respectivamente o médico e a gestante, pouco se é considerado as decisões da mulher, deixando ao profissional optar por métodos humilhantes e traumáticos de suas pacientes. O parto deveria ser o momento mais emocionante de uma futura mãe, todavia, é arruinado pela falta de sensibilidade e empatia de alguns obstetras, levando a possíveis futuros traumas.       Dessa forma, salienta-se ainda que, o parto pode ser o momento mais sublime ou o mais humilhante da vida de uma mulher. Há vários relatos de médicos despreparados que na hora de auxiliar a mulher dominam seu psicológico para submetê-las à seus métodos, como por exemplo o terrorismo e chantagem emocional, frases como "você deseja que seu filho morra?" são impactantes e remetem também a um tipo de abuso, fazendo que as mesmas se tornem refém de um obstetra incapacitado. Evidencia-se também casos em que mulheres são amarradas, submetidas a exames de toque excessivos e dolorosos, impactando cada vez mais com o emocional feminino.        Sendo assim, é de fundamental importância que faculdades de medicina atuem de forma mais ética com suas pacientes, inserindo na grade curricular de seus alunos, aulas de como tranquilizar a futura mãe, além de compreender e auxiliar de forma mais humana possível o parto. É necessário que residências atuem de forma decisiva no comprometimento do médico com suas pacientes, dando-lhes a oportunidade e a liberdade de se sentirem confortáveis perante um profissional. Além disso, é necessário que os meios midiáticos através de verba do Ministério da Saúde atuando conjunto aos meios televisivos elaborem propagandas difundindo e caracterizando a violência obstetrícia e acima de tudo incentivando vítimas a realizarem denúncias contra seus médicos, viabilizando assim, a redução e um imediato fim contra tais atos.