Enviada em: 24/07/2018

O nascimento é a primeira fase de um ciclo, e é a realização do cargo de mãe de muitas mulheres desde a infância. No Brasil entretanto, a magia da gestação se rompe no parto. A falta de empatia e compreensão emocional por parte dos médicos obstetras e enfermeiros transforma um momento naturalmente doloroso em horas de sofrimento e aflição, infringindo leis e agredindo o corpo e a mente das mulheres grávidas. Diante disso, torna-se passível de discussão o desdém dos médicos para com as gestantes, onde quer atender suas próprias necessidades e utiliza justificativas falsas para amedrontar as pacientes com o parto normal, que marca por fim a cesárea. A prova disso foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde: o número recomendado de cesarianas é de 10 a 15%, porém, no Brasil mais de 50% das mulheres optam por deixar de lado o parto humanizado e ir para a sala de cirurgia sem muitas vezes saber que está correndo riscos mais graves ainda, como o bebê nascer prematuro ou com problemas respiratórios, e a mãe com hemorragias e trombose. Embora muitas mulheres sejam convencidas de que a cirurgia é melhor opção, algumas ainda preferem o parto normal, e como não é o modo favorito de grande parte dos médicos, muitos dos casos são tratados com desinteresse. Várias parturientes sofrem com recriminação e piadas, degradando o psicológico das mesmas. Ademais, sofrem com cortes desnecessários para facilitar a saída da criança ou muitas vezes recebem ocitocina intravenosa, estimulando contrações no útero gerando uma dor intensa, ainda que os direitos à integridade sejam assegurados por leis.   Contudo, medidas devem ser tomadas para resguardar a dignidade da gestante. Cabe ao ministério público juntamente com o ministério da saúde promover encontros com os profissionais da área, e paralelamente deve ser desenvolvido campanhas em hospitais, divulgado em redes sociais e televisivas, ambas com a mesma intenção: informar os diversos tipos de violência, antes, durante e depois do parto e demonstrar o quão importante é a empatia para uma vida social estável.