Enviada em: 23/07/2018

Define-se como violência obstétrica qualquer atitude violenta,física ou moral,que parte  dos profissionais da saúde para com as gestantes ou à criança,antes,durante ou após o parto.Dessa forma,deve-se tratar como hostilidades obstétricas permanentes no Brasil a episiotomia e a quantidade excessiva de cesáreas.     A priori, é necessário destacar a episiotomia como uma forma de violência obstétrica,pois esse método consiste na realização de um corte perianal,que objetivava auxiliar o parto normal.Todavia,a Organização Mundial da Saúde restringe a prática devido as suas complicações,no entanto,esse procedimento ainda é praticado como rotina em 53,5% dos partos,segundo o mesmo órgão.A permanência dessa prática se deve principalmente a desatualização dos médicos, segundo artigo publicado por docentes da Universidade de Pernambuco.    Outro ponto a ser destacado refere-se a epidemia de cesáreas no Brasil.Dados da Organização das Nações Unidas mostram que 52% dos nascimentos no país acontecem por meio de cesáreas,apesar de 70% das mães desejarem e poderem realizar o parto normal.A prática indiscriminada de cesáreas permanece em razão da agilidade do processo,dessa maneira os médicos podem organizar suas agendas,assim como retratado no documentário ''A voz das brasileiras''.     Portanto,tendo em vista a permanência da violência obstétrica no Brasil,é imprescindível que o Conselho Regional de Medicina torne obrigatória a participação dos obstetras em congressos,com o objetivo de atualizá-los e assim,restringir a realização da episiotomia,além de fiscalizar as maternidades com o intuito de garantir a eficácia da ação.Ademais,compete ao Ministério da Saúde a fiscalização e aplicação de multas as maternidades que realizarem mais cesáreas do que o permitido.