Enviada em: 02/08/2018

A violência obstetrícia é algo presente no Brasil. Em média uma em cada quatro mulheres relatam que já foram vítimas dessa violência no país. Um contexto de desrespeita as gestantes que se sustentam graças, principalmente, pela falta de criminalização dessa ato e também pela persistência do machismo em nossa sociedade.     Convém ressaltar, a princípio, que uma das causas a qual fomenta esse abuso à mulher, é que diferente de outros países a violência obstetrícia no Brasil ainda não é tipificada como crime. Dado que, apesar, dos direitos que asseguram à gestante o acesso ao atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação e no parto, quando a violência obstetrícia não é considerada como uma transgressão da lei, permite que atrocidades se-jam banalizadas. Como por exemplo, os elevados índices de parto cirúrgico sem a real necessidade, em que a sociedade não questiona esse tipo de a-ção, além disso, não há meios jurídicos que possam punir essa atitude.      Em segundo lugar, essa realidade tem por detrás uma conjectura social pautada no machista. Haja vista que, uma violência pautada no silencia- mento do querer da mulher e a perda dessa no domínio do seu próprio cor-po, reflete em uma sociedade que ainda se refugia em pensamentos como do filósofo Aristóteles. O qual considerava que o "ser humana é por natu-reza um animal político", referindo-se, assim, que a diferença entre o ho-mem e os outros animais é o poder da fala, contudo, esse poder se dire-cionava apenas o sexo masculino, dessa forma, a mulher era vista como sub-humana. Consonante a isso, a violência obstetrícia é mais um exemplo de uma visão unívoca que classifica o sexo feminino como um ser inferior.    Portanto, para combater a violência obstétrica é preciso que o poder le-gislativo transforme essa violência em um crime, punindo, assim, os agres-sores dessa ação. Ademais, cabe às instituições de educação a promoção de aulas de Sociologia e Filosofia que evidenciam, através de palestras e materiais históricos, os prejuízos que o machismo proveu na sociedade ao longo da história humana, para que assim, ele só permaneça no passado. ele só permaneça no passado.