Enviada em: 27/09/2018

Com a Revolução Industrial, a produção de materiais foi mecanizada para que os produtos fossem feitos depressa, alcançando, assim, maior lucro. Hodiernamente, profissionais do parto aparentam almejar pelos mesmos beneficios dessa revolução, visto que atendem as gestantes de forma superficial, usufruindo de procedimentos desnecessários e violentos para agilizar o parto. Nessa conjuntura, é indiscutível a necessidade de medidas que reprimam essas práticas abusivas.   A princípio, segundo o filósofo parisiense Michel Foucault, todo ambiente possui relações de poder que se configuraram paulatinamente e se acentuaram com o auge do capitalismo. Isto posto, pode-se afirmar que os maus tratos sofridos pelas parturientes relacionam-se com a crença de superioridade dos profissionais do ambiente hospitalar, uma vez que, com tal convicção, acabam por negligenciar e desvalorizar as gestantes, e, as vezes, até torna-las motivo de chacota e piadas.   Outrossim, conforme o estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM), um em cada quatro médicos brasileiros apresentam a Síndrome de Burnout que tem como sintomas irritabilidade, alterações de humor, cansaço, disturbio do  sono. Dessa forma, pode-se admitir que, muitas vezes, a violência sofrida pelas gestantes, que vai desde violência verbal até o uso de procedimentos violentos, é consequência  do excesso de trabalho desses profissionais, já que isso é o principal agente causador da síndrome supracitada.  Dado o exposto, urge, portanto, que essas agressões sejam coibidas, e para isso é necessário que o poder legislativo crie leis que assegurem a integridade e os direitos da mulher como cidadã durante o pré-natal, parto e pós-parto. Além disso, é preciso que o CFM e o Conselho de Enfermagem requisitem que profissionais da saúde visitem o psicólogo pelo menos quatro vezes ao ano. Dessa maneira, não só existirá uma diminuição da violência obstetrícia, como também uma formação de profissionais mais saudáveis psicologicamente.