Enviada em: 18/04/2019

Segundo a Filósofa brasileira Marilene Chauí, a democracia deve ser um sistema com direitos igualitários para todos, sem ações que prejudiquem um grupo em prol o outro. No entanto, tal sistema dificilmente é cumprido tendo em vista a violência obstetríca em debate no Brasil. Tais problemáticas, advém da objetificação da mulher devido ao seu gênero e da imprudência de muitos profissionais que realizam o parto.       O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal, é possível confirmar isso, a partir do estigma machista da sociedade brasileira. Isso decorre, da ideologia de superioridade do gênero masculino em relação ao feminino, tirando assim, a condição de sujeito da mulher e a reduzindo a um corpo que é passível a intervenção médica, tornando então, o parto um ofício médico e não mais da mulher. Em decorrência a isso, a sociedade trata o parto como algo insignificante, com isso a gestante se torna um meio para chegar a um fim. Por consequência, o debate sobre a violência obstetríca no Brasil é castrado, tornando-o, cada vez mais insignificante.         Outrossim, a imprudência médica está intimamente ligada a violência obstetríca no Brasil. O filósofo Jean-Paul Sartre, diz que a violência de qualquer maneira que se manifeste é uma derrota. A exemplo disso, segundo dados obtidos pela revista Época, 25% das brasileiras que deram a luz afirmam ter sido desrespeitadas na gestação ou no parto. Por consequência a isso, problemas como: a morte de recém nascidos e a submissão das pacientes são evidenciados ainda mais.         Dessarte, torna-se evidente que o debate da violência obstetríca no Brasil deve ser revisto, afim de mitigar tal problemática. Em razão disso, o Ministério da Educação e Cultura -MEC- em parceria com as escolas deverá implementar disciplinas que estimulem o senso crítico no currículo infantil e médio, assim todos terão consciência dos problemas desencadeados pela violência obstetríca. Nessa forma, a visão de democracria defendida por Marilene Chauí sera cumprido, aumentando gradativamente o debate da violência obstetríca no Brasil, mudando significativamente tao tal realidade.