Enviada em: 14/10/2018

Promulgada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos direito à saúde e ao bem-estar. Conquanto, a violência obstetrícia impossibilita que mulheres desfrutem desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.     De acordo com a Fundação Perseu Abromo, uma em cada quatro brasileiras sofre violência de parto. Diante do exposto, é evidente que mulheres padecem a indústria do nascimento, visto que com a precária administração do Sistema Único de Saúde (SUS), essas cidadãs são tratadas como insignificantes, além de sofrerem dores desnecessárias como: aplicação do soro com ocitocina para acelerar as contrações e o uso indevido da episiotomia. Faz-se mister, ainda, salientar segundo obstetra francês Michel Odent, para mudar o mundo é preciso, antes, mudar a forma de nascer, o que expõe a necessidade de uma maior profissionalismo dos atuantes da área da saúde no Brasil.  Além do mais, observa-se o desrespeito alei nº 11.108, em que garante o direito ao acompanhamento durante o trabalho de parto, parto e pós parto, como impulsionador da violência. Ademais, há o desprezo a Organização Mundial da Saúde (OMS) que aconselha a alimentação durante o trabalho de parto, mas consoante a revista Época 75% das mulheres não recebem. O que implica em viés que deve ser combatido em respeito às mulheres.  Infere-se, portanto, que há entraves para assegurar a saúde. Nesse sentido, o Estado deve promover melhorias no SUS com a utilização de cursos para todos os funcionários da área hospitalar, o que objetiva uma melhor humanização no atendimento aos pacientes. Outrossim, o Ministério Publico deve fiscalizar o cumprimento da lei que garante acompanhamento as mulheres como forma preventiva á violência, além de promover multas e punições aos funcionários que violarem a legislação. Somente assim, o país alcançará uma integração que valorizará a mulher em sociedade.