Enviada em: 15/10/2018

Direitos concretizados   No século XX surgiram várias correntes de pensamento voltadas para os direitos da mulher. Um exemplo de intelectual da área foi a escritora Simone de Beauvoir, que descreveu diversos ideais feministas. De fato, vários direitos foram concedidos e as mulheres conseguiram mais espaço na sociedade, no entanto, ainda existem assuntos como as violências obstétricas que precisam ser analisados.   Em primeiro lugar, é necessário compreender as consequências das práticas obstetrícia antiquadas. Segundo uma entrevista, revelada pelo Jornal Época, 1 em cada 4 brasileiras diz ter sofrido algum tipo de violência no momento do parto ou durante a gestação. Os dados são relevantes, entretanto, as consequências das agressões ou ofensas, que muitas vezes são praticadas pelos médicos ou pela equipe do hospital, possuem ainda mais dimensão. Os problemas da violência vão de complicações durante o parto até questões psicológicas pós-parto.   Ademais, é preciso entender a situação de persistência do problema. Atos de violência conta a mulher gestante, como a indução a cesariana, recusa de atendimento e aplicação de anestesia, proibição da presença do pai ou acompanhante no parto, o impedimento do contanto da mãe com o filho sem motivos e tratamento agressivo com a mãe durante o parto, são muito comuns. No entanto, são fracas e ineficientes as leis que protegem a mulher no Brasil contra essas atitudes. Embora já existem três projetos de leis na Câmara, é fundamental que a sociedade pressione cada vez mais o poder público para a realização e aplicação dessas na realidade.    Portanto, visto que a violência obstétrica é um obstáculo que precisa ser superado, é necessário que a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres crie ações de proteção à gestantes contra agressões ou ofensas em ambientes hospitalares, criando um departamento que planeje campanhas sobre a temática e averigue casos de violência denunciados. Também, é preciso que as ONGs, juntamente com mídias televisivas e redes sociais, criem propagandas de conscientização sobre a ocorrência de agressões obstetrícia que precisam ser denunciadas e sobre a necessidade da sociedade pressionar as autoridades políticas locais para a mobilização de mais proteção a gestantes e a Câmara dos Deputados para a agilizarem a aprovação das leis. Assim, haverá mais amparo, concretização da justiça e garantia dos direitos a mulheres, que muitos já haviam se iniciado no século XX.