Enviada em: 30/10/2018

Segundo a ótica do filósofo francês Jean-Paul Sartre, independente da forma com que se manifesta, a violência sempre será uma derrota. Nessa perspectiva, agressões na ala obstetrícia remontam um cenário de perda para mães e para a medicina, que possui como máxima o alívio da dor humana. Nesse ínterim, o debate da questão da hostilidade obstetrícia denotam a desinformação da sociedade e uma legislação ineficaz.  De início, cabe pontuar o desconhecimento das mães frente aos atos que são ou não comuns nos pré natais e no momento do parto. De acordo com Paulo Freire, educador brasileiro, apenas o conhecimento é capaz de transformar uma sociedade ou padrão social. Tal pensamento justifica o fato de gestantes passarem por procedimentos agressivos, tais como recusa de atendimento e privação de acompanhante, e não reconhecerem que tais atitudes vão contra os padrões de atendimento médicos legais. Por conseguinte, traumas são gerados na vida das pacientes que podem refletir na própria criança, como síndromes pós parto. Outro ponto relevante nessa problemática, é o não cumprimento da Constituição Federal de 1988 que garante saúde de qualidade para toda a população. Consoante o pensamento do sociólogo Karl Marx, uma lei só é eficaz se houver alguém capaz de pô-la em prática. Sob tal ótica, o descumprimento do excerto legal que prevê a garantia de integridade física contida na máxima carta que rege a nação brasileira e a Declaração Universal dos Direitos Humanos prova a morosidade do sistema do País de punir casos de crime contra o corpo de mulheres frágeis pela gestação. Torna-se evidente, portanto, ações governamentais a questão da violência obstetrícia no Brasil. Nesse contexto, compete ao Ministério da Saúde, com o auxílio das mais diversas mídias - já que essas tem poder de divulgação de informação em larga escala - disseminar ações que representem perigo para a saúde, a fim de elucidação das massas. Ademais, ao poder judiciário compete ampliar seu efetivo para a punição condizente com a agressão médica. Assim, acredita-se que essa violência será mitigado.