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Enviada em: 12/07/2019

Consoante o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico'' por ser composta, assim como esse, por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja mais igualitário e coeso é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Entretanto, no Brasil isso não ocorre, visto que a violência obstetrícia é uma realidade. Esse quadro é fruto da negligência governamental e, também,  da comodidade tecnológica.  A Declaração dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU, assegura a todos os indivíduos direito ao bem-estar social. Todavia, o Poder Executivo não efetiva esse direito. Isso porque uma parcela de trabalhadores incapacitados da área da saúde não cumprem com sua profissão de maneira ética, à vista disso gestantes passam por experiências humilhantes e até violentas. Um exemplo é a dificuldade das grávidas no momento de parto, devido ao precário serviço oferecido. Em decorrência disso, os Direitos Humanos são negligenciados e violados.  Outro fator importante reside no fato de que a sociedade encontra-se em tempos de "modernidade líquida", conceito proposto pelo sociólogo Zymunt Bauman, o qual evidência o imediatismo das relações sociais. Atualmente, é notório que o fluxo de informações ocorre em grande velocidade, fenômeno que dificulta maior reflexão acerca dos dados recebidos, diante disso o ser apenas utiliza o conhecimento prévio. O indivíduo, então, ao deparar-se com diversos casos de violência obstetrícia possui dificuldades em tratar o assunto como tabu na sociedade.   Infere-se, portanto, que a violência obstetrícia é um mau na sociedade brasileira. Sendo assim, para que o país seja mais articulado como um "corpo biológico", cabe ao Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, desenvolver campanhas publicitárias que estimulem o respeito a mulher, a fim de conscientizar a população e por conseguinte combater a violência obstetrícia. Assim, a sociedade poderá garantir o exercício da cidadania em todos os setores sociais.