Enviada em: 09/09/2019

Falta de conversas e informações dentro da família, ensino deficitário nas escolas e uma política pública insuficiente contrapostas à comercialização e ao fácil acesso ao sexo, geram gravidez precoce, além de doenças, mortalidade infantil e uma perpetuação de ciclos de pobreza. Apesar de ter sofrido queda, os dados sobre gravidez na adolescência continuam alarmantes e exigem uma mudança cultural da visão do sexo e do acesso à informação. As instituições sociais, na lógica weberiana exercem um poder ideológico sobre os indivíduos e sociedades, no Brasil, controladas e formados sob uma lógica cristãs e conservadora, as pessoas não recebem uma educação sexual que dialogue com sua realidade, o ensino doméstico também antiquado não supre essa deficiência e a consequência do sexo como tabu são muitas, como a gravidez em adolescentes e consequentemente um ininterrupto ciclo de pobreza, uma vez que se torna mais difícil para as jovens a continuação dos estudos, trazendo efeitos na inserção no mercado de trabalho e na autonomia. Dados do Ministério da Saúde revelam que a incidência de casos nas zonas rurais e periféricas é maior, ligando proporcionalmente a falta de escolaridade às chances de gestação prematura, o que move uma discussão a respeito do acesso à informação no Brasil que é muito elitista. Os jovens carecem de informação à respeito de prevenção e dos impactos que uma gestação não planejada pode causar. Diante disso, faz-se necessária uma atuação da União em elaborar rumos educacionais através do Ministério da Educação, que dialoguem com a realidade das crianças e jovens e trate o sexo para além da esfera puramente biológica, destacando ainda a importância da mídia na divulgação de notícias e entretenimento que tratem da sexualidade sem tabu para alcançar os pais e quebrar a concepção conservadora da família acerca do tema, com o objetivo de informar e desestruturar padrões nocivos que contribuem para o alarmante número de casos de  gravidez.