Enviada em: 02/09/2018

No filme Mad Max é retratado um período  na qual as fontes de água foram esgotadas, e as únicas restantes encontram-se em monopólio, ocasionando, assim, um cenário de caos social e guerra entre os indivíduos. De maneira análoga, esse recurso também passa a ser disputado na realidade, visto que fatores ambientais aliados à má gestão hídrica refletem agravantes com dimensões imensuráveis.              Primeiramente, é válido apontar que a seca caracteriza-se por ser um longo período de tempo sem chover, no entanto, apesar de ser um fator natural, as ações antrópicas agravam esse fenônmeo por meio do desmatamento, pois o ciclo hidrológico é interrompido e não há o abastecimento adequado das fontes de água. Dessa maneira, cabe enfatizar, também, que os locais onde há tal recurso encontram-se fechados para parcelas da população, como acontece no nordeste, em que os cidadãos necessitam de água para sobreviver, mas os donos de terra só permitem o acesso dos indivíduos se houver uma relação de troca de favores, conforme o quadro de monopólio relatado em Mad Max.             Nesse contexto, convém ressaltar a obra Vidas Secas, elaborada por Graciliano Ramos, que retrata a falta de alimentos e qualidade de vida enfrentada por uma família devido a escassez de recursos hídrológicos. De modo semelhante ocorre na sociedade, pois a crise hídrica prejudica à agricultura, sendo assim, a produção de comida para atender aos cidadãos é insuficiente, bem como há a falta de água para o consumo individual dos civis. Em virtude disso, conflitos são ocasionados e a valorização de tal fonte tende a aumentar, a tornando mais cara e restringindo o acesso aos menos abastados.             Cabe evidenciar, portanto, a necessidade de medidas para amenizar a escassez de água e formar indivíduos capazes de preservá-la. É preciso que o poder legislativo elabore leis mais rígidas cujo objetivo seja multar quem monopolize o acesso de água, bemo como a quem provoque desmatamentos prejudiciais ao recurso hídrico, cabendo à instituições ambientais como o IBAMA realizar fiscalizações e efetivar a punição dos transgressores, também é necessário que o Ministério da Educação em consonância à ONGS como o Greenpeace, capacitem ambientalistas para realizar palestras em escolas para os discentes e suas respectivas famílias, com o intuito de ensiná-los a preservar a água. E desse modo, evitar-se-á problemas sociais semelhantes aos vivenciados pelos personagens de Graciliano.